Arrependimento da ação e inação: o efeito moderador da autoestima

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Muniz, Annaysa Salvador
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário FEI, São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.fei.edu.br/handle/FEI/204
Resumo: O arrependimento é a única emoção que está unicamente ligada à tomada de decisão. Compreender os elementos que levam a emoções negativas relacionadas à decisão, como o arrependimento, pode ser útil para entender a avaliação pós-escolha e a intenção de recompra (INMAN; DYER; JIA, 1997; TSIROS; MITTAL, 2000). A presente pesquisa tem como objetivo ampliar a compreensão sobre este tópico, avaliando o efeito da autoestima sobre o arrependimento. É sugerido que os indivíduos com baixa autoestima (BAEs) têm maior arrependimento do que os indivíduos de elevada autoestima (EAEs). Entretanto, o tipo de decisão (ação vs. inação), o rico percebido da situação e a atribuição de responsabilidade pelo resultado também devem ser considerados. Não foram encontrados estudos anteriores que examinaram estas relações em situações de consumo. Um resultado negativo de uma decisão de compra, quando tornado público, pode provocar ameaças que compõem o risco psicológico e social e diferentes reações de acordo com o nível de autoestima do indivíduo. A influência da exposição do resultado da decisão foi analisada por meio da presença de comentários negativos ou ausência de elogios. Foram realizados 3 experimentos laboratoriais e os resultados foram analisados utilizando modelos do Process de moderação e mediação. Em todos os estudos foi encontrado um efeito de interação significativa entre autoestima e tomada de decisão. Os EAEs se arrependem menos na ação do que na inação, enquanto LSEs reportaram níveis de arrependimento similares em ambas condições. Quando os indivíduos são criticados, o padrão de arrependimento foi semelhante ao observado quando eles não são elogiados. Quando agem, EAEs se sentem menos responsáveis por um mau resultado, no entanto, ser criticado ou deixar de ser elogiado devido uma falha em agir elevou os níveis de arrependimento e atribuição de responsabilidade interna destes indivíduos. A diferença entre o padrão de arrependimento entre o Estudo 1 e Estudo 2 e 3 é explicada pelo argumento de que o Estudo 1 refere-se a um arrependimento pela compra, enquanto os Estudos 2 e 3 referem-se a um arrependimento pela decisão. Portanto, é defendido que em algumas situações, o risco social e psicológico podem reduzir a influência do risco financeiro, mesmo quando houve investimento financeiro.