STIMGRASP: estimulador neuromuscular para restauração de padrões de preensão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barelli, R. G.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário FEI, São Bernardo do Campo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.fei.edu.br/handle/FEI/297
Resumo: Este trabalho se propôs a desenvolver uma neuroprótese formada por um Estimulador Elétrico Neuromuscular juntamente com uma órtese com eletrodos, voltada à restauração de padrões de preensão em tetraplégicos, com lesões nas vértebras C5 e C6, com foco em portabilidade e usabilidade. Neste sentido, são priorizadas a abertura da mão e as preensões palmar e lateral, bem como a extensão do dedo indicador, que apresentam potencial para aumentar a autonomia do lesionado medular, fazendo-o depender menos de outras pessoas para tarefas básicas do seu dia a dia, que antes não conseguia realizar pela falta de força e destreza nas mãos. A revisão bibliográfica, bem como dos princípios da estimulação elétrica neuromuscular, e por fim da fisiologia neuromuscular, possibilitaram a definição de parâmetros e diretrizes para o delineamento da solução proposta. A revisão bibliográfica traz à tona ainda, a escassez, nos dias atuais, de projetos voltados ao usuário final, ou seja, a falta de opções de sistemas para lesionados medulares utilizarem cotidianamente, após o atendimento fisioterápico inicial e sem estarem vinculados a pesquisas acadêmicas, por exemplo. O estimulador proposto possui também tal compromisso, tanto com miniaturização, quanto com portabilidade, para tornar possível e viável o seu uso cotidiano. Como interface de usuário foi adotado o smartphone, em virtude de sua flexibilidade na criação de aplicativos, podendo-se ainda explorar uma grande quantidade de recursos oriundos da teoria de Interface Humano-Computador, culminando em uma interface simples, eficiente e de fácil aprendizagem. Após o desenvolvimento, o estimulador foi testado em bancada, em um voluntário sem lesões neuromusculares e em um voluntário com lesão C6, e sua funcionalidade foi comprovada. A órtese desenvolvida se mostrou funcional, e embora com alguma dificuldade, o voluntário foi capaz de acoplá-la e desacoplá-la sem auxílio de terceiros. No teste piloto, realizado em uma única sessão, foi possível obter a preensão palmar e a extensão do indicador. Contudo, algumas das contrações obtidas tiveram qualidade aquém da desejada para preensões funcionais, podendo-se atribuir este fato ao grau de atrofia da musculatura do voluntário. O grau de miniaturização obtido, o tempo de autonomia da bateria, a simplicidade no controle via smartphone, dentre outros pontos, indicam que o sistema está no caminho certo para se tornar um aparato para auxiliar o lesionado medular nas atividades cotidianas, objetivo ao qual se propõe.