Fatores determinantes do trade credit de empresas não financeiras listadas no Ibovespa entre 2003 e 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Leal, Guilherme Arevalo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: FECAP - Faculdade Escola de Comércio Álvares Penteado
Administração estratégica
BR
FECAP
Mestrado em Administração de Empresas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/tede/395
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar os fatores determinantes do trade credit das empresas listadas na bolsa de valores do Brasil ao longo do período de 2003 a 2013, considerado macroeconomicamente como intervalo de expansão do crédito brasileiro. Estudos internacionais já testaram dados em cross section e períodos curtos em painel, apresentando resultados significantes na explicação da concessão e da tomada de crédito de empresas não financeiras. A literatura internacional e nacional sobre o tema já analisaram os impactos de variáveis tais quais tamanho, endividamento, contas cíclicas e rentabilidade. Este estudo analisou 84 empresas não financeiras listadas que apresentaram seus dados anualmente entre 2003 e 2013, evidenciando a capacidade explicativa das variáveis já utilizadas tanto para modelos cuja variável dependente é tanto o volume de contas a receber quanto o volume de contas a pagar.Para o modelo de Contas a Receber, o volume de crédito concedido é negativamente relacionado com o tamanho da empresa, o volume de recursos de alta liquidez em outras contas (caixa e estoques), indicando que maior a presença de liquidez imediata está inversamente relacionada com a oferta de financiamento aos seus clientes, por meio de concessão de prazo de pagamento. As variáveis de contas a pagar, endividamento e rentabilidade operacional apresentaram relação positiva e significante com o volume de trade credit tomado pelas empresas. A empresa tende a conceder mais crédito aos seus clientes à medida em que toma mais crédito de seus fornecedores e obtém financiamento bancário. Além disso, uma maior geração de resultado operacional está relacionada a uma maior concessão de crédito. Para o modelo de Contas a Pagar, a variável de tamanho da empresa mostrou-se com coeficiente negativo e significante, indicando que empresas de maior tamanho tendem a apresentar menores volumes tanto de crédito concedido aos clientes como também de crédito tomado de fornecedores. Este resultado é corroborado pelo coeficiente positivo e significante da variável de contas a receber presente no modelo. A variável de estoques, no entanto, apresentou sinal positivo e significante na especificação de painel, indicando que empresas com estoques tendem a obter maior volume de crédito concedido por fornecedores.