Turnover voluntário de auditores independentes, estresse e gerações
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Centro Universitário Álvares Penteado Brasil FECAP PPG1 |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/1105 |
Resumo: | O fenômeno de alto índice de rotatividade (turnover) por funcionários de empresas de auditoria acarreta problemas como custos operacionais de reposição elevados e diminuição na qualidade do trabalho de auditoria (Finn & Donovan, 2013). Empresas de auditoria demonstram que há preocupação em reter e atrair profissionais talentosos para o mercado de auditoria que possui demanda crescente (IBRACON, 2014). Estudos anteriores identificaram que níveis de estresse elevados afetam a intenção de permanecer na ocupação (Chen et al., 2009; Kim & Stoner, 2008; Pflanz & Ogle, 2006). Outros revelaram que diferentes gerações têm perspectivas diversas acerca do trabalho (Kupperschmidt, 2000; Vasconcelos et al., 2010), o que também pode explicar a intenção de permanecer ou sair da auditoria. Ante este cenário e a lacuna de pesquisas no tema que abranjam estes aspectos,, esta pesquisa teve por objetivo identificar se o fenômeno de altos índices de turnover voluntário (TV) na carreira de auditor contábil independente está relacionado ao nível de estresse do indivíduo, bem como à geração à qual ele pertence. Para analisar o fenômeno, foi aplicado questionário online contendo a Escala de Estresse no Trabalho – EET (Paschoal & Tamayo, 2004), a Turnover Intention Scale – TIS (Roodt, 2004), traduzida para o português, e questões relacionadas ao perfil sócio-demográfico. Foram obtidas respostas válidas de 451 auditores independentes que atuam no Brasil. Para validação do modelo da pesquisa, foi realizada análise fatorial confirmatória a fim de demonstrar a validade convergente e discriminante, bem como assegurar a confiablidade dos dados. A análise das relações entre as variáveis foi realizada por meio da modelagem de equações estruturais (MEE). Identificou-se, na amostra, um nível moderado/considerável de estresse, sendo que a Geração Y (1982 – 1995) apresentou maior pontuação média. Os resultados sugerem que, quanto maior nível de estresse, maior é TV da ocupação de auditor, sendo essa variável responsável por explicar 45,28% do fenômeno. Foram confirmadas também as hipóteses que gerações mais jovens possuem maior TV. A variável geração apresentou também um efeito moderador com valor-p significante (p = 0,002) e f2 médio (f2 > 0,01) na relação entre estresse e TV. Dentre as variáveis de controle, foi verificada significância em relação ao tamanho da firma (Big 4 ou não Big 4). Espera-se que a pesquisa e o modelo explicativo proposto no estudo possam auxiliar empresas de auditoria na compreensão e gerenciamento do estresse de seus colaboradores, reduzindo a rotatividade. Para órgãos de classe e instituições de ensino, a pesquisa pode contribuir na formação e retenção de talentos na profissão, identificando pontos de atenção no que concerne ao estresse. Estudos futuros também poderão se beneficiar da pesquisa que, de forma inédita, aborda simultaneamente variáveis de estresse, turnover voluntário e geração, com um instrumento testado e validado em uma extensa amostra de auditores independentes em atividade no Brasil, passível de ser replicado para contemplar outros indivíduos. |