Mulheres e o endividamento: um retrato sobre o Ibovespa de 2013 a 2019
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Centro Universitário Álvares Penteado Brasil FECAP PPG1 |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/851 |
Resumo: | O objetivo do presente trabalho é analisar a relação entre o endividamento das empresas e a presença de mulheres na diretoria e/ou conselho. Considerou-se as 73 empresas que compuseram o Ibovespa no período de 2013 a 2019. Embora a presença feminina na força de trabalho e concluindo cursos de nível superior cresce a cada ano desde 1960, tendo chegado a 61,4% em 2016, a participação nos conselhos e/ou diretoria de empresas é de apenas 10%. Os motivos para esse déficit giram em torno de dois pontos principais: (i) as mulheres têm preferência por outras atividades dentro da empresa e/ou (ii) as sociedades em que estão inseridas não abrem espaço para as mulheres ocuparem essas posições. Os movimentos para incentivar a presença das mulheres nesses cargos estão presentes em todo o mundo pautados, segundo eles, nas qualidades que as mulheres podem agregar às empresas, de maiores retornos a melhor relação com os stakeholders provenientes de maior transparência e maior monitoramento das atividades dos administradores. Entretanto, não há consenso sobre esses benefícios e, tão pouco, a partir de que ponto as mulheres passam a influenciar esses resultados de modo que a simples inclusão das mulheres pode não bastar, sendo interessante que mais de uma mulher esteja presente e com diferentes backgrounds formando uma massa crítica. Sobre o endividamento das empresas em que as mulheres estão presentes na diretoria e/ou conselho, os resultados também não são consensuais e apontam para empresas menos endividadas – hipoteticamente indicando que a presença feminina reduz a necessidade de monitoramento dos administradores – e também mais endividadas –– hipoteticamente indicando que as mulheres assumem tanto ou mais riscos que os homens. Os resultados obtidos apontam para empresas menos endividadas, especialmente na presença de massa crítica feminina. Foram considerados o endividamento a mercado e contábil. As variáveis de interesse foram mulheres CEO, mulheres CFO, mulheres presidentes do conselho, a presença de mulheres independente do cargo e a presença de mulheres a partir de uma massa crítica de 20% de mulheres na diretoria e conselho. As variáveis de controle foram as habituais adotadas para estudo dos determinantes de estrutura de capital. Assim esse trabalho contribui para o fortalecimento da ideia de conselhos mais diversos em gênero que permite a ampliação do diálogo com diferentes stakeholders e exerce a função de monitoramento e gerenciamento imparcial esperada. |