Sócios/administradores de empresas em recuperação judicial que foram à falência voltam a empreender?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: BENEDITO, Marcos Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Centro Universitário Álvares Penteado
Brasil
FECAP
PPG1
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/1104
Resumo: Este trabalho analisou a tomada de decisão por parte dos sócios/administradores de empresas, dos mais variados portes e segmentos, que entraram em RJ – Recuperação Judicial. O problema estudado foi investigar se o(s) antigo(s) sócio(s) da(s) empresa(s) em RJ abriu(ram) uma nova empresa após a adesão ao instrumento jurídico, e, caso tenham voltado a empreender, se permaneceram no mesmo setor ou preferiram algum outro, nos casos em que a empresa em RJ foi à falência. Para tanto, utilizou-se uma amostra composta por 1814 empresas que aderiram ao mecanismo no período abrangido entre 27/06/2005 e 20/08/2020, constantes no Banco Nacional de Falências e Recuperações Judiciais, hospedado no TST – Tribunal Superior do Trabalho. A Recuperação Judicial, de maneira sucinta, é um instrumento jurídico pelo qual a empresa tenta acordo com seus credores para o pagamento de dívidas, a fim de permitir que a organização seja, de certo modo, preservada, de maneira que possa evitar sua falência. Foi utilizado o modelo de resposta binária Logit, onde a variável dependente binária (dummy) escolhida foi (1 = voltou a empreender e 0 = não voltou) e exposição de resultados descritivos. Espera-se, através de variáveis explicativas como: região, dívida, número de credores, tempo, gênero etc. ou das empresas, como o porte, estimar as chances de um indivíduo voltar ou não a empreender após a empresa da qual era sócio/administrador entrar em RJ. O estudo encontrou evidências de que os sócios de microempresas e de empresas de grande porte mostram maior disposição em voltar a atuar no mesmo setor do que os proprietários de empresas de pequeno porte. Outros resultados obtidos, desta vez através das regressões, indicam que o setor de indústria apresenta menor propensão à falência ao mesmo tempo em que as empresas localizadas na região Sul têm suas chances aumentadas. Outras evidências encontradas apontam que, quanto maior o endividamento, menor a chance de voltar a empreender, assim como um tempo maior também diminui as chances de um retorno a uma nova sociedade e que empreender na região Sul é mais difícil, diminuindo a chance de um retorno. Os resultados mostram ainda, uma relação positiva entre dívida total e aqueles que optaram por voltar a empreender no mesmo setor, indicando que quanto maior o endividamento, maiores são as chances de que se opte por voltar a atuar no mesmo setor. Ao mesmo tempo, esta última análise indica relação negativa com tempo, ou seja, quanto mais tempo possui a empresa, menores as possibilidades de que os sócios voltem a empreender no mesmo setor.