Gerenciamento de resultados contábeis nos períodos de troca do principal executivo (CEO) de companhias abertas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SOUZA NETO, Adolpho Cyriaco Nunes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: FECAP
Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Brasil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/jspui/759
Resumo: Esse estudo busca averiguar a presença do gerenciamento de resultados (GR) nos períodos afetados pela substituição de CEOs no Brasil. O gerenciamento de resultados pode ser definido pelo uso da discricionariedade gerencial na realização de escolhas contábeis, dentro dos limites da norma, com a intenção de produzir um resultado enviesado da entidade, buscando a obtenção de benefícios. O trabalho classifica-se como uma pesquisa explicativa, com abordagem quantitativa e gênero empírico, e utiliza os resultados financeiros de 227 companhias listadas na BM&FBOVESPA entre os anos de 2010 a 2016. Para o CEO que está deixando a empresa, as razões para realizar o gerenciamento de resultados incluem, entre outras, a possível necessidade de ocultar uma performance ruim, obtenção de vantagens financeiras e a construção de imagem de profissional bem-sucedido. No caso do CEO que ingressa na empresa, o GR pode ser utilizado para estabelecer uma base de resultados deprimida no ano de sua entrada, visando melhorar as condições para apresentar uma evolução dos resultados nos anos posteriores. Para a verificação dessas hipóteses foram utilizados dois modelos de detecção do GR baseados em accruals, o Jones Modificado e o Jones Modificado com ROA. Os resultados demonstram que, apesar de não haverem evidências que o nível médio de GR é influenciado pelo CEO em seu último ano no cargo, detectou-se a presença, estatisticamente significante, do gerenciamento de resultados no primeiro ano do CEO entrante com a intenção de redução do lucro corrente reportado, confirmando a hipótese de criar uma base de comparação deprimida para que os resultados dos anos subsequentes sejam analisados de maneira mais favorável.