Fixação biológica de nitrogênio e emissões de gases de efeito estufa em cultivos irrigados de gramíneas e leguminosa no Semiárido.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: OLIVEIRA, F. F. de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1164141
Resumo: As emissões de gases de efeito estufa (GEEs) estão relacionadas com as necessidades de produção de alimentos e energia, exigindo, dentro do contexto atual de aquecimento global, esforços significativos para as minimizarem. Entre as medidas para redução de emissões de GEEs, a fixação biológica de nitrogênio (FBN) é um processo crítico para sustentar a produtividade e minimizar os impactos ambientais dos sistemas agrícolas. Desta forma, essa pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar as emissões de GEEs do solo (N2O, CO2 e CH4) e estimar o aporte de nitrogênio atmosférico em sistemas de cultivo de gramíneas e leguminosa para fins forrageiros no Semiárido de Pernambuco. O estudo foi desenvolvido no campo experimental da Universidade F deral do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina – PE. Utilizou-se sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench, cultivar BRS Ponta Negra), milheto (Pennisetum glaucum (L.), cultivar BRS 1501) e feijão guandu (Cajanus cajan (L.) Mills., cultivar BRS Mandarim) em sistemas de cultivo solteiros, consorciados e rotacionados. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado (DIC), com 7 tratamentos (cultivo de feijão guandu solteiro (G), cultivo de feijão guandu consorciado com milheto (GM), cultivo de feijão guandu consorciado com sorgo (GS), cultivo solteiro de milheto (M), cultivo de milheto consorciado com feijão guandu (MG), cultivo de milheto solteiro após cultivo de feijão guandu (sistema rotacionado, MR), cultivo de sorgo solteiro (S), cultivo de sorgo consorciado com feijão guandu (SG) e cultivo de sorgo solteiro após cultivo de feijão guandu (sistema rotacionado, SR)), com 4 repetições. O experimento foi conduzido por dois anos, sendo realizados 4 cortes das culturas em cada ano. Antes dos cortes, amostras compostas de folhas verdes e sadias de cinco indivíduos das espécies alvo (sorgo, milheto e guandu), escolhidas aleatoriamente nas bordaduras das parcelas, foram coletadas para estimativa dos aportes de N, utilizando a técnica da abundância natural do 15N. As coletas dos gases emitidos pelo solo foram realizadas utilizando-se câmaras estáticas durante o segundo ano de cultivo. Foram verificadas diferenças significativas entre os diferentes cultivos nas médias anuais de composição isotópica do carbono 13 (δ13C), carbono total (%C), relação carbono nitrogênio (C/N), nitrogênio total (%N) e no percentual de nitrogênio derivado da atmosfera (%Ndda). O feijão guandu apresentou médias de %Ndda muito altas (entre 79 e 92%), sendo um pouco menores no primeiro corte do primeiro ano do experimento (que fixaram entre 41 e 68%). Entre as gramíneas, também observou-se %Ndda importantes (em alguns caso próximos a 50%), porém com grande variação entre cortes e anos. Os tratamentos que incluíram o feijão guandu foram os que proporcionaram maiores aportes de N atmosférico. Os fluxos de CH4 foram predominantemente positivos, mas em algumas ocasiões negativos, nos ciclos de cultivo. Os fluxos de CO2 foram predominantemente positivos, sendo a menor média observada no cultivo de sorgo solteiro (S).