Atividade inseticida dos óleos essenciais de duas espécies da caatinga sobre a mosca-branca-do-cajueiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, D. L. V.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1102184
Resumo: A mosca branca do cajueiro, Aleurodicus cocois (Curtis, 1946) (Hemiptera: Aleyrodidae), é uma praga polífaga e responsável por causar grandes prejuízos em diversas culturas de importância econômica, no Brasil e mundo. Seu controle tem sido realizado principalmente com inseticidas químicos sintéticos recomendados para outras culturas e pragas, uma vez que não existe registro de inseticidas para A. cocois. Os óleos essenciais têm sido apresentados como uma alternativa a este método de controle. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi determinar o efeito dos óleos essenciais de Lippia gracilis e Croton blanchetianus sobre A. cocois. As atividades tóxicas foram determinadas e comparadas àquelas demonstradas pelo inseticida sintético com ingrediente ativo deltametrina (DECIS ® 25 EC). A constituição química dos óleos foi feita através da cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. A toxicidade foi avaliada via pulverização na fase de ovo e de ninfas em terceiro ínstar. O rendimento dos óleos variou de 0,7% para a espécie C. blanchetianus e 3,02% para L. gracilis. O constituinte Carvacrol (56,52%) e Espatulenol (20,78%) apresentaram-se como majoritários sobre os óleos de L. gracilis e C. blanchetianus, respectivamente. Com relação à atividade tóxica residual, o inseticida sintético apresentou uma maior toxicidade comparada aos óleos essenciais. Quanto aos óleos, o óleo essencial das folhas de L. gracilis (CL50=2,29 mg.mL-1 ) foi o mais tóxico seguido do OE C. blanchetianus (CL50=2,88 mg.mL-1 ). Nos testes de tempo letal, a mortalidade dos tratamentos (CL95) variou com o tempo. O óleo essencial extraído das folhas de L. gracilis apresentou-se mais tóxico (CL50=10,16 mg.mL-1 ) no teste de atividade ovicida, com uma inclinação superior (5,84) ao C. blanchetianus (3,20). O inseticida DECIS ® 25 EC não apresentou efeito ovicida. Os resultados apresentados até o momento sugerem que os óleos investigados, em especial o de Lippia gracilis têm potencial para serem usados no controle de A. cocois através do manejo integrado de pragas, mas novas investigações devem ser feitas objetivando avaliar os custos e benefícios desses óleos.