Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dias Filho, Pedro Paulo de Salles |
Orientador(a): |
Costa, Nilson do Rosário |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24112
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Resumo: |
Esta tese problematiza a adesão de trabalhadores organizados aos planos de saúde, e descreve o paradoxo político desse vínculo frente ao projeto que faculta aos brasileiros um sistema de saúde universal, público e gratuito. Com efeito, essa adesão dos trabalhadores à provisão de assistência à saúde privada guarda estreitas relações com a trajetória pré-existente, quando, desde os anos 1920, se definiu o marco legal que instituiu uma proteção social de financiamento tripartite,sustentada pelo Estado, pelo empresariado e pelos próprios trabalhadores. Trata-se de um modelo corporativista, que associa a proteção social ao processo de produção capitalista. No Brasil contemporâneo essa proteção à saúde vinculada à produção é representada pelos planos e seguros saúde, os quais observaram grande salto no crescimento dos vínculos no auge das relações políticas neocorporativistas. O estudo conta com o respaldo empírico de análise de banco de dados do DIEESE, que demonstra que os planos de saúde representam uma demanda ativa dos trabalhadores no palco das negociações coletivas de trabalho. O trabalho aponta como se forjou essa adesão da classe trabalhadora organizada à saúde suplementar, e que consequências trouxe para a proteção da saúde dos trabalhadores ativos e inativos. Ao fim e ao cabo a tese indica que a saúde suplementar não garantirá a proteção à saúde esperada pelos trabalhadores, ao tempo que o SUS, da mesma forma, dificilmente logrará superar o seu sub-financiamento estrutural, sendo urgente se pensar uma nova pactuação social que transcenda as barreiras à adequada, e equânime, proteção à saúde dos brasileiros. |