Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Maria Helena Galdino Figueiredo de |
Orientador(a): |
Oliveira, Rosely Maria Zancope,
Paes, Rodrigo de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9247
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Resumo: |
Dentre as espécies de Candida não-albicans, Candida parapsilosis vem emergindo como importante patógeno de infecções fúngicas invasivas com disseminação hematogênica nas últimas décadas em diferentes continentes, principalmente, na Europa e na América Latina. C. parapsilosis foi considerada por muito tempo um complexo de três grupos distintos nomeados I, II e III. Tavanti et al (2005), baseado na tipagem da sequência multilocus (MLST), propôs o reconhecimento dos grupos II e III, como duas novas espécies: C. orthopsilosis e C. metapsilosis, respectivamente, mantendo o grupo I como C. parapsilosis stricto sensu. Até agora só tem sido possível distinguir essas três espécies por análise molecular. Métodos comerciais para testes de susceptibilidade aos antifúngicos vêm sendo utilizados para avaliar o comportamento de Candida spp. frente às drogas de uso clínico, incluindo o Etest® e o sistema Vitek® 2. Neste trabalho, estes dois métodos foram comparados ao método de referência de microdiluição em caldo pelo CLSI (M27-A3) para determinar a susceptibilidade in vitro de isolados clínicos do complexo psilosis aos fármacos antifúngicos anfotericina B, fluconazol, voriconazol e itraconazol. Um total de 53 isolados do complexo psilosis oriundos de hemoculturas obtidas de pacientes hospitalizados no município do Rio de Janeiro, entre 1998 e 2006, associados a episódios de fungemia, foram analisados Cinquenta e um isolados foram discriminados pela PCR, utilizando primers espécie-específicos, e dois isolados, pelo sequenciamento, sendo caracterizados como C. parapsilosis stricto sensu (75,4%), C. orthopsilosis (20,8%) e C. metapsilosis (3,8%). Os testes de susceptibilidade aos antifúngicos indicaram que a maioria dos isolados de C. parapsilosis stricto sensu foi sensível a todos os fármacos testados. Entretanto, um único isolado de C. parapsilosis stricto sensu apresentou uma CIM = 2 [g/mL para a anfotericina B. Três isolados de C. orthopsilosis apresentaram CIM entre 2 e 8 [g/mL para o fluconazol pelo Etest® e Vitek® 2 e CIM entre 0,19 e 0,25 [g/mL para o itraconazol pelo Etest®. Os isolados de C. metapsilosis foram sensíveis a todos os fármacos testados. A concordância essencial entre Etest® ou Vitek® 2 com CLSI foi excelente (100%), exceto para o itraconazol (90,9%). Por outro lado, a concordância categórica foi 72,7% para o itraconazol pelo Etest® e 100% para os outros fármacos por ambos os métodos. Para anfotericina B, a concordância categórica foi de 100% para o Etest® e de 97,5% pelo Vitek® 2 em relação ao CLSI. Este estudo reforça a importância dos métodos Etest® e Vitek® 2 que podem ser empregados nos laboratórios rotineiros de microbiologia clínica para monitorar e detectar diferenças no perfil de susceptibilidade aos antifúngicos dos isolados de C. parapsilosis stricto sensu, C. orthopsilosis e C. metapsilosis |