Sobre escolhas de mulheres quanto ao uso do dispositivo intrauterino (DIU) em uma clínica da família no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rodrigues, Gustavo Campello
Orientador(a): Romano, Valéria Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54857
Resumo: O estudo adentra às realidades de mulheres que vivem na favela da Rocinha, situada no Rio de Janeiro-RJ, e explora suas ideias a respeito do Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre. O referencial teórico transita pelos seguintes escopos: pesquisas que exploram as percepções das mulheres sobre o DIU; o uso do DIU no Brasil e no mundo; um breve histórico sobre as transformações das formas de oferta de contraceptivos à população; e a realidade vivenciada pelas mulheres na favela da Rocinha. O universo da pesquisa é formado por mulheres de 15 a 50 anos, usuárias da APS do Rio de Janeiro, residentes da favela da Rocinha. No desenho metodológico, através da análise de conteúdo de Bardin (1979), são explorados relatos das mulheres sobre contracepção e sobre o DIU de cobre. Foram realizadas 16 entrevistas, seguindo um roteiro semiestruturado, na Clínica da Família Maria do Socorro Silva e Sousa (CFMSSS), situada nessa comunidade. Os relatos das usuárias foram gravados em áudio, transcritos e analisados. A opinião do médico, do companheiro das entrevistadas e o que é exposto em suas redes sociais se mostraram de grande importância para a construção das ideias que as mulheres têm a respeito do DIU. O medo e a dor foram sensações trazidas frequentemente nos relatos das entrevistadas e parecem se entrelaçar às diversas questões mostradas pelas vozes que constroem a pesquisa. Os sentidos dados pelas mulheres ao DIU de cobre partem de suas percepções pessoais, atravessadas pelas informações que recebem em suas redes sociais, que são ressignificadas por suas experiências prévias e planos em relação à contracepção e à saúde reprodutiva.