Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Ana Carolina Diniz |
Orientador(a): |
Firmo, Josélia Oliveira Araujo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4277
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Resumo: |
A velocidade do processo de envelhecimento e de transição demográfica e epidemiológica brasileira introduz questões cruciais tanto para os gestores, trabalhadores e pesquisadores contemporâneos dos sistemas de saúde quanto para a sociedade como um todo. Dado o contexto nacional de acentuada desigualdade social, de pobreza e de fragilidade das instituições, esta conjuntura exige do sistema de saúde ações equitativas que favoreçam o acesso dos idosos ao cuidado e aos serviços de saúde primários. Estas ações devem visar à redução dos riscos de adoecimento e aumentar as possibilidades dos idosos participarem mais e melhor do cuidado de sua saúde e do controle de suas doenças, reduzindo-se, assim, o risco de complicações e de incapacidades. Este estudo foi realizado no município de Bambuí, situado no Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais. Para a escolha dos entrevistados considerou- se o gênero, a idade, o nível funcional e o território. Foi utilizado o critério de saturação para regular o tamanho da amostra. O modelo dos signos, significados e ações foi utilizado na coleta e análise dos dados. Foram entrevistados cinqüenta e sete idosos, sendo vinte e sete homens e trinta mulheres, selecionados nos seis territórios das Equipes de Saúde da Família (ESF). Os idosos reconhecem facilidades e dificuldades nos serviços de saúde e valorizam a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, fica claro que no âmbito do SUS, que apesar da criação da Estratégia de Saúde da Família, pela análise dos relatos dos usuários idosos, não se observou ainda mudança do modelo de atenção à saúde nem a inclusão da capacidade funcional como balizadora das ações dos serviços. Da mesma forma, não se percebeu um forte vínculo dos idosos com as ESFs, assim como, não se observou planejamento pelas mesmas de ações de saúde específicas para este público. Estes achados denotam o despreparo e a fragilidade do sistema de saúde para atuar junto do idoso e de suas famílias na área estudada. É importante dar voz aos idosos que utilizam os serviços e mostrar aos trabalhadores e gestores como o outro lado do sistema – a pessoa que é cuidada – tantas vezes ignorado e desconhecido, percebe e avalia o que lhe é oferecido ou negado. Isto representa uma etapa a mais no ortalecimento do SUS, por meio da busca pelo direito integral à saúde e à dignidade durante todos os ciclos de vida dos cidadãos brasileiros. |