Estudo de tendência do uso de benzodiazepínicos entre idosos residentes no município de Bambuí, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Aline Luiza Marcondes Lopes
Orientador(a): Loyola Filho, Antônio Ignácio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34254
Resumo: Objetivo: Analisar a tendência do uso de benzodiazepínicos entre idosos mais velhos (75-89 anos) residentes no município de Bambuí, Minas Gerais. Metodologia: Estudo de tendência, que comparou o uso de benzodiazepínicos entre idosos mais velhos (75 ou + anos) em dois momentos distintos no tempo: na linha base do Projeto Bambuí (1997, coorte antiga) e no seu 15º seguimento (2012 coorte recente). A variável dependente foi o relato do uso de benzodiazepínicos nos últimos 90 dias. Usuários e não usuários de benzodiazepínicos foram comparados com relação à distribuição das variáveis explicativas do estudo por meio do teste do qui-quadrado de Pearson. As associações entre variáveis explicativas e evento foram testadas por meio de razão de prevalência ajustados e seus respectivos intervalos de confiança de 95%, considerando o nível de significância de 5%. A análise dos dados foi realizada com o programa STATA, versão 14.0. Resultados: A prevalência global de uso de benzodiazepínicos elevou-se entre 1997 e 2012, passando de 24,9% para 33,9%. Observou-se um aumento no uso de ansiolíticos e do clonazepam, ao passo que o uso de hipnóticos e do bromazepam diminuíram de maneira importante. O uso de benzodiazepínicos foi significativamente (p<0,05) maior entre os idosos do sexo feminino, entre aqueles que avaliaram pior a sua própria saúde, com maior número de doenças crônicas, que tinham sintomas depressivos e que consultaram mais o médico nos últimos 12 meses. Conclusão: A tendência de aumento do consumo de benzodiazepínicos observada diverge do observado em populações idosas de países mais ricos, e é preocupante, em razão da impropriedade do uso desse medicamento por idosos.