Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Dantas, Rodrigo Aragão |
Orientador(a): |
Pimenta, Tânia Salgado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30997
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Resumo: |
O objetivo da presente tese foi analisar o processo de modificações que a medicina acadêmica sofreu ao longo da segunda metade do século XIX na cidade do Rio de Janeiro. Esse processo, estudado geralmente a partir dos debates da elite médica, foi investigado por nós com o foco e m outro segmento social presente na medicina acadêmica, os médicos ordinários. Ao investigar os médicos ordinários, tínhamos em mente o quanto esse segmento era numeroso e significativo para o oficio médico na corte. Embora essencial para o entendimento sobre como a corporação médica se organizava, a dificuldade de encontrar seus vestígios era considerável, o que tornava complicado traçar um perfil desses médicos. Frente as dificuldades apresentadas entendemos a necessidade de conceitualizar o que e quem eram os médicos ordinários, entender sua inserção no mercado de cura da corte e analisar quais espaços atuavam. As fontes trabalhadas tiveram como base a sistematização dos nomes e endereços dos médicos encontrados no Almanaque Laemmert, o universo investi gado abrangeu cerca de nove mil anúncios de médicos, entre 1844 e 1889. Após a sistematização cruzamos esses dados com as fontes cartoriais e judiciais, presentes no Arquivo Nacional do Rio de janeiro, o que nos possibilitou ter acesso a um conjunto de informações sobre atuação dos médicos ordinários no Rio de Janeiro. Inseridos em todas as localidades da corte, os médicos ordinários não estavam incluídos em qualquer forma participação em instituições médicas de prestígio, como as Faculdade de Medicina, lugares de atuação e reprodução da elite médica. Necessitavam dos rendimentos de suas consultas para obter a maior parte de sua renda. Tinham na possibilidade de atuação como médicos, sua grande e, em muitas vezes, única forma de sustento. Por fim, embora nã o pudéssemos classificá-los como pertencentes aos grupos sociais subalternos, estavam aquém da posição econômica desfrutada pela elite médica, sendo esses muito mais próximos dos segmentos sociais médios urbanos, geralmente associado aos ofícios liberais. A partir dessa conceitualização, conseguimos entender que estávamos lidando com a maioria dos médicos que atuavam na corte e sobre essa perspectiva baseamos nossas análises. |