Gestão de risco do derramamento de petróleo cru no Brasil em 2019 na perspectiva do Setor Saúde e das comunidades afetadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Peres, Maria Cristina Mitsuko
Orientador(a): Freitas, Carlos Machado de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57263
Resumo: Com aproximadamente 5.000 toneladas de resíduos oleosos que afetaram 4.000 km de costa, 1.009 localidades desses 11 estados brasileiros e 55 unidades de conservação, o derramamento de petróleo cru ocorrido no litoral do Nordeste e Sudeste no ano de 2019 é considerado o maior desastre brasileiro do século XXI, devido à extensão de seu alcance e por ter desafiado a sociedade nacional e internacional na busca de suas possíveis causas e remediações. O presente trabalho teve como objetivo compreender como se organizou a resposta ao derramamento de petróleo cru no Nordeste e Sudeste do Brasil a partir da perspectiva do setor saúde e das comunidades afetadas levando em consideração os debates que se colocaram desde a ocorrência do desastre. No trabalho se refletiu sobre os achados levando em conta os aprendizados trazidos nos discursos com as recomendações internacionais para gestão de riscos em desastres. Concluiu-se que apesar de todos os esforços empreendidos no setor saúde devemos ter em mente que o aprimoramento da vigilância, da comunicação com as comunidades afetadas, a questão do cadastramento para acompanhamento, capacitação da rede para que os profissionais identifiquem de fato os expostos, e garantia de acompanhamento dessas comunidades, com estabelecimento de COE Saúde desde o primeiro momento, a garantia da participação da saúde também no COE geral são tarefas importantes a serem levadas para o território sistematicamente. Além de também ter ficado explicita a necessidade de maior capacidade de preparação, resposta, recuperação, para uma gestão de riscos de desastres prospectiva. Sem esquecermos de que essas ações também dependem de uma maior responsabilidade dos entes federados e da gestão pública como um todo.