Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Guerra, Luanda Liboreiro |
Orientador(a): |
Oliveira, Rodrigo Corrêa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20703
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Resumo: |
Durante a infecção por Leishmania, o parasitismo tecidual difere dependendo do local avaliado e pode implicar em perfis imunopatológicos distintos durante a Leishmaniose Visceral Canina (LVC). Neste estudo, foi avaliada a relação entre a densidade parasitária cutânea e esplênica e o perfil fenotípico de linfócitos, monócitos e granulócitos em 40 cães naturalmente infectados por L. (L.) chagasi categorizados de acordo com três diferentes níveis de densidades parasitárias (baixo, médio e alto parasitismo). Vinte cães não infectados, utilizados como grupo controle, foram sorologica e parasitologicamente negativos para L. (L.) chagasi. Os principais achados descrevem a densidade parasitária esplênica como sendo mais estreitamente relacionada às alterações fenotípicas em linfócitos do sangue periférico do que o parasitismo cutâneo durante a LVC. Os dados obtidos mostraram diminuição na expressão de linfócitos T CD5+ em cães com alto parasitismo esplênico em comparação com cães de baixo e médio parasitismo. Foi observada ainda, maior razão de linfócitos T/B (CD5+/CD21+) em cães com menores densidades parasitárias no baço. Estes dados são semelhantes aos observados para linfócitos T Thy-1+, sugerindo que as células T CD5+ e Thy-1+ são as responsáveis pela manutenção e estabelecimento da interação parasito/hospedeiro. A correlação entre parasitismo esplênico e células T CD8+ re-enfatiza o papel da resposta imune mediada por células T nos mecanismos de resistência durante a LVC. Além disso, diminuição na expressão de monócitos CD14+ e em valores absolutos de monócitos circulantes na avaliação hematológica foram observados como característica marcante do alto parasitismo,sugerindo que ocorre recrutamento de monócitos para os tecidos linfóides, durante a LVC ativa, onde eles podem desempenhar papel importante em reações imunes locais durante a apresentação antigênica. Na avaliação das populações de granulócitos, os eosinófilos apresentaram aumento na expressão de MHC-II, no grupo com alto parasitismo, quando comparado a cães não infectados, sugerindo a participação destas células como apresentadoras de antígeno. Além disto, estes dados sugerem que a liminação do parasito pode ocorrer via mecanismos fagocíticos no sangue de cães com alto parasitismo esplênico e cutâneo. Desta forma, acredita-se que os resultados obtidos acrescentam informações importantes para melhor compreensão da patogênese da leishmaniose visceral canina e poderão auxiliar em futuros estudos que busquem o desenvolvimento e a avaliação de medicamentos e vacinas (AU). |