Arquitetura e saúde do trabalhador: da gênese ao uso, a construção dos espaços hospitalares: um olhar para além das normas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Costa, Maria da Gloria Silva da
Orientador(a): Mattos, Ubirajara Aluízio de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5241
Resumo: Muitos dos ambientes hospitalares exigem medidas específicas e atenção especial, pois alguns fatores podem comprometer o objetivo final do ambiente, tornando o trabalho nestes espaços sujeito à inúmeros incidentes e falhas com repercussão na saúde do pessoal em serviço. Freqüentemente este aspecto não é considerado no processo de produção da edificação mais especificamente na fase de projeto de arquitetura. Assim, considerando a importância de se estudar o espaço em uso, defendemos que profissionais envolvidos no projeto trabalhem na lógica da prevenção incorporando conceitos ergonômicos no projeto do espaço, contribuindo para a melhoria das condições de trabalho. Realizamos um estudo de caso em uma unidade produtiva de um hospital universitário, na Unidade de Alimentação e Nutrição, baseado em uma demanda formulada pelo serviço de segurança e saúde do trabalhador. Nosso objetivo maior foi obter a partir do processo de análise de uma situação real de trabalho a compreensão de como se estruturavam as atividades, quais os fatores determinantes dessa estruturação, obtendo-se informações para proposição de diretrizes para futuros projetos, de forma reduzir significativamente concepções espaciais que possam propiciar a ocorrência de danos à saúde na fase pós-ocupação. A abordagem em campo orientou-se pela aplicação da metodologia da Análise Ergonômica do Trabalho, segundo o ponto de vista da atividade, com ênfase maior nos condicionantes ambientais e na configuração espacial, de forma a buscarmos evidências e não um nexo causal entre espaços, trabalho e doença. Inferimos acerca das conseqüências das exigências do trabalho, da dinâmica espacial e sua interação com as doenças e agravos à saúde. Verificamos um processo de “reconstrução do espaço” e uma mobilidade espacial relacionada à processos de adoecimento e de ocorrência de agravos à saúde dos trabalhadores na situação de referência. A fim de evitar medidas corretivas, concluímos pela importância de se incorporar as especificidades dos processos de trabalho e as características da população usuária desde a fase de projeto.