Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Rego, Filipe Ferreira de Almeida |
Orientador(a): |
Alcantara, Luiz Carlos Júnior |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13522
|
Resumo: |
Nesta tese foram realizados três trabalhos distintos sendo que todos envolvem identificar possíveis fatores genéticos ou clínicos relacionados com a infecção pelo HIV-1 ou pelo HTLV-1 ou por ambos. No primeiro trabalho nós objetivamos identificar mutações que poderiam estar relacionadas com o desenvolvimento da TSP/HAM ou carga proviral. Para isto sequenciamos a região LTR5’ do HTLV-1 por Ion Torrent para verificar mutações com baixa frequência. Nós encontramos mutações em 52 posições que estavam presentes em mais de um indivíduo, porém apenas 11 destas estavam presentes em TFBS previamente descritos. Três mutações que não estavam presentes em TFBS previamente descritos foram estatisticamente significantes quando comparadas entre os grupos," sendo" que" estes" sítios" podem" ser" importantes" para" a"mediação" da" transcrição" viral."No" segundo" estudo" nós" objetivamos determinar a prevalência do genótipo selvagem em Hlabisa, Kwazulu-Natal na África do Sul além de identificar possíveis fatores associados a presença deste genótipo em 220 pacientes submetidos a ART. O genótipo selvagem foi detectado em 28 amostras (12,7%). Selecionamos 11 pacientes para realizar o sequenciamento pelo Ion Torrent, nove confirmaram não ter mutações de resistência aos antirretrovirais em alta frequência. Foi encontrada uma alta contagem de CD4+ no início da terapia associado a falha terapêutica assim como uma alta carga viral antes da genotipagem e não foi encontrado associação entre aderência a terapia auto-reportada e a presença do genótipo selvagem. Aproximadamente um em cada oito adultos que falham a terapia possuem o genótipo selvagem sendo este dado confirmado através de sequenciamento de nova geração. Devido ao alto número de genótipos selvagem encontrados, o teste de resistência genotípica deve ser solicitado para se obter um melhor desfecho clinico em níveis individuais e populacionais. No terceiro estudo nós analisamos as diferenças na contagem de linfócitos T CD4+ entre indivíduos infectados apenas com o HIV-1 e indivíduos coinfectados HIV-1/HTLV-1 com falha terapêutica, além de analisarmos a soroprevalência do HTLV-1 em indivíduos infectados pelo HIV-1. Foram encontrados oito pacientes coinfectados (2,1%) dos 381 pacientes analisados. Nós não observamos nenhuma diferença estatística quando analisamos transversalmente os dados clínicos dos pacientes, exceto na primeira contagem de linfócitos T CD4+ após o início do tratamento que estava maior nos indivíduos coinfectados (p=0.03). A análise multivariada longitudinal mostrou que a media de linfócitos T CD4+ ao longo do tratamento, foi estatisticamente maior nos pacientes coinfectados levando em consideração características demográficas, carga viral, fatores relacionados a terapia, entre outros. Nos pacientes coinfectados também não foram encontrados marcadores de HLA relacionados com os supressores de elite do HIV-1. Os dados deste trabalho sugerem que os pacientes coinfectados em terapia antirretroviral deveriam ter um acompanhamento clínico diferenciado dos indivíduos apenas infectados pelo HIV-1, pois a coinfecção poderia estar levando ao aumento do número dos linfócitos T CD4+ sem um possível ganho de resposta imune. |