Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Clara Barbosa de Oliveira |
Orientador(a): |
Dantas, André Vianna |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
EPSJV
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53284
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi analisar a forma como os partidos políticos brasileiros da esquerda radical (PCB, PSOL e PSTU) tratam o debate de saúde mental nas suas ações políticas cotidianas, intra e extra partidariamente. O estudo realiza o esforço de resgatar produções científicas nacionais e internacionais, tomando o método materialista histórico dialético, que priorizaram abordar: a relação estabelecida entre saúde mental e militância revolucionária, o tema da subjetividade no interior do campo marxista e o aumento dos quadros de sofrimento psíquico, a nível mundial, no atual modo de existência neoliberal do capitalismo. A pesquisa foi de caráter qualitativo e exploratório, partindo de um levantamento bibliográfico e recorrendo à pesquisa de campo, realizando entrevistas com 19 militantes do PCB, PSOL e PSTU que atuam em um determinado município da Zona da Mata Mineira. Na análise dos dados coletados, cotejando com o material teórico-bibliográfico para esta dissertação de mestrado, pudemos constatar que, apesar de visíveis avanços, comparativo a pesquisas precedentes, há ainda um debate irrisório sobre saúde mental no interior destas organizações e, consequentemente, ações incipientes para intervir de maneira coerente na problemática atual do sofrimento psíquico. Como resultado do estudo, ressalta-se que a coletivização das expressões de sofrimento e o fortalecimento de vínculos políticos de cunho humanizador e emancipatório, personificados nas relações de camaradagem, nos espaços militantes auxiliam a minorar o grau de sofrimento dos sujeitos e a compreender que a problemática possui raiz social. Frisamos a necessidade de realização, por parte das organizações, de um mapeamento das reais condições de saúde mental dos trabalhadores, dos militantes e da construção de uma política de saúde mental dentro destes partidos políticos, com o intuito de se refletir sobre intervenções que possam ser concretizadas juntamente à classe. Por fim, destaca-se a importância deste tema para o campo da saúde mental, tanto para futuros debates e pesquisas, como pela pretensão de contribuir na criação de estratégias para a superação da ordem vigente. |