Ativação celular, proliferação e apoptose nas patologias associadas ao HTLV-I

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Decanine, Daniele
Orientador(a): Van Weyenbergh, Johan
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35449
Resumo: O HTLV-I é o agente etiológico da Leucemia/Linfoma de células T no adulto (ATL), da Mielopatia Associada ao HTLV- l/Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP), e de outras patologias. Os IFN-a e IFN-p foram recentemente introduzidos no tratamento de ATL e HAM/TSP, embora seus mecanismos de ação ainda estejam pouco esclarecidos. A presença da iNOS e seu recém-descoberto papel anti-apoptótico na ATL inciou novas perspectivas terapêuticas. Considerando o provável papel da ativação e proliferação linfocitária induzida pelo HTLV-I nas patologias associadas, buscamos estudar a regulação molecular e celular da ativação celular, linfoproliferação e apoptose ex vivo e in vitro em indivíduos soropositivos assintomáticos, pacientes com HAM/TSP e pacientes com ATL. Observamos uma correlação significante do estágio clínico na HAM/TSP com a linfoproliferação in vitro e com a expressão de CDSO em células B ex vivo. O efeito marcante do IFN-p no aumento da expressão in vitro de Fas e CD86, sugere a utilização destas moléculas como possíveis marcadores biológicos do uso clinico dos IFNs. Observamos que, apenas o IFN-p, mas não o IFN-a, mostrou atividade anti-proliferativa significante, mas não pró-apoptótica in vitro nos pacientes com HAM/TSP, ATL e em doadores normais. Porém, as células mostraram-se sensíveis ao estímulo com anti-CD3 na indução da apoptose, sugerindo que os IFNs, principalmente o IFN-p possui efeitos anti-proliferativos e o anti-CD3 pró-apoptóticos. Em relação ao inibidor da iNOS, não observamos nenhum efeito anti-proliferativo e/ou pró-apoptótico nos indivíduos infectados por HTLV-I. De acordo com nossos resultados, o conhecimento de marcadores biológicos e o uso combinado de IFN-p e outras drogas pró-apoptóticas, como o anti-CD3, poderia ser considerado em futuros ensaios terapêuticos em HAM/TSP ATL.