Determinantes da condição percebida de saúde bucal e da adesão ao autocuidado em adultos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bordin, Danielle [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150010
Resumo: Introdução: O acesso à informação oriunda dos inquéritos vem sendo reconhecido como um dos mais importantes recursos para o planejamento e gestão em saúde, favorecendo a tomada assertiva de decisões, subsidiando a orientação das políticas públicas de saúde e induzindo à melhora na qualidade em saúde de uma maneira mais equânime. A presente tese objetiva realizar uma análise dos fatores que determinam a condição percebida de saúde bucal e variáveis relacionadas à adesão ao autocuidado em saúde bucal na população adulta brasileira, sob base metodológica multidimensional. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com dados provenientes de inquérito em âmbito nacional - Pesquisa Nacional de Saúde. Utilizou-se uma amostra selecionada em múltiplos estágios de 60.202 adultos, sendo representativa de todo o território brasileiro. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista domiciliar com profissionais previamente treinados. Considerou-se a condição percebida de saúde bucal e o indicador criado 'autocuidado em saúde bucal' como variável desfecho. Os dados foram analisados empregando-se o teste de redução de dimensionalidade e as variáveis que apresentaram relação passaram pelo teste de regressão logística. Resultados: Foram verificadas associações para a condição percebida de saúde bucal junto as variáveis: dificuldade para se alimentar (OR=5.81), avaliação do atendimento recebido durante a última consulta odontológica (OR=2.50), autopercepção da condição de saúde geral (OR=1.91), utilização de fio dental (OR=1.88), perda dental superior (OR=1.49) e motivo da última consulta com o cirurgião dentista (OR=1.21). As variáveis mais fortemente relacionadas ao autocuidado em saúde bucal inadequado ou parcialmente adequado foram: analfabetismo (OR=11.20; OR=4.81), baixa escolaridade, autopercepção de saúde bucal negativa (OR=3.73; OR=1.74), ausência de dentes naturais (OR=4.98; OR=2.60), edentulismo inferior (OR=3.09), número de dentes superiores perdidos (OR=1.14; OR=1.05), ausência de plano de saúde (OR=2.23; OR=2.07), sedentarismo (OR=2.77; OR=1.51) e tabagismo (OR=2.18; OR=1.40). Conclusão: A condição percebida de saúde bucal foi pouco associada às situações objetivas e mais relacionada a fatores subjetivos, e não apresentou associação com fatores sociodemográficos. Para o autocuidado em saúde bucal, o nível de instrução do indivíduo constitui-se um dos principais fatores para a sua adesão, seguido da condição percebida de saúde bucal e perda dentária. Ainda, a utilização de base metodológica multidimensional foi capaz de (re)desenhar modelos explicativos para a condição percebida de saúde bucal e de autocuidado de adultos brasileiros, devendo, os seus resultados serem considerados na implementação, avaliação e qualificação da rede de saúde bucal.