Avaliação da eficiência das ações de controle da hipertensão arterial sistêmica na Atenção Básica: um estudo da região norte do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Arie, Giuliana
Orientador(a): Parente, Rosana Cristina Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42340
Resumo: Avaliar a eficiência das ações de controle da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) na Atenção Básica (AB) dos municípios da região Norte do Brasil com 100% de cobertura estimada. MÉTODOS: Estudo avaliativo, descritivo, transversal e quantitativo utilizando a ferramenta Análise Envoltória de Dados (DEA). A coleta de dados foi realizada através dos bancos de dados secundários SIAB, CNES e FNS, com dados referentes ao ano de 2013. As variáveis “insumo” utilizadas no estudo foram: recursos humanos (jornada de trabalho da equipe em horas/semana), recurso financeiro (montante para custeio com a AB) e recursos materiais (utilização de consultórios em horas/semana), todas as variáveis como proxy para atendimento à população com HAS. As variáveis “produto” foram as ações de controle da HAS (hipertensos cadastrados, consulta individual e visita domiciliar dos ACS aos hipertensos). Após a análise da eficiência, realizou-se uma análise de Regressão para ajuste da eficiência com os seguintes fatores exógenos (em percentual): população adulta (de 20 anos ou mais), população sem instrução e até o 1º ciclo incompleto; população com renda menor que ½ salário mínimo, população residente em área urbana e densidade demográfica. RESULTADOS: Dos 450 municípios da Região Norte, após a verificação dos pressupostos da DEA, foram utilizados para o estudo 142 municípios estratificados em 2 portes populacionais: até 10.000 habitantes (porte 1) e 10.001 a 20.000 habitantes (porte 2). Os resultados indicaram baixo percentual de municípios eficientes (22,5% no porte 1 e 34,7% no porte 2), com a menor média de eficiência (0,7634) em municípios do porte 1. Os maiores déficits encontrados foram na consulta individual aos hipertensos em ambos os portes (48,6% e 46,6% respectivamente). Na análise da Regressão, apenas no porte populacional 1 foram encontradas significâncias estatísticas no ajuste para as variáveis: percentual de pessoas adultas (20 anos ou mais) na população e o percentual de residentes em área urbana. CONCLUSÃO: Esses municípios apresentaram escores de eficiência abaixo de suas capacidades instaladas e poderiam aumentar suas ações em mais de 40% em média. Tais achados indicam que os gestores poderiam planejar melhor as ações de HAS, otimizando os recursos disponíveis para aumentar a oferta de serviços prestados aos portadores de HAS.