Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Ana Ruth Silva de |
Orientador(a): |
Toledo, Luciano Medeiros de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4805
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Resumo: |
As hepatites virais são importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente dois bilhões de pessoas se infectaram em algum momento da vida com o vírus da hepatite B (HBV) e 325 milhões de indivíduos tornaram-se portadores crônicos (M.S., 2002). Apontada pela OMS como um dos mais graves problemas de saúde pública a ser enfrentado no século 21, a hepatite C atinge 3% da população mundial – aproximadamente 200 milhões de pessoas, das quais 3,2 milhões somente no Brasil, e é hoje um dos maiores desafios da saúde pública e da pesquisa médico-científica. Foi realizado um estudo com o objetivo de verificar o perfil clínico-epidemiológico e a distribuição espacial de casos conhecidos de hepatites B e C na cidade de Manaus. Foram analisados retrospectivamente um mil, quinhentos e nove pacientes infectados pelo HBV e HCV, entre 1997 e 2001, atendidos no Ambulatório Araújo Lima e na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Duzentos e trinta e um casos foram submetidos à análise para estudo do perfil clínicoepidemiológico. Os casos de hepatite estavam associados ao HBV em 72,7%, em 12,1% estavam associados ao HCV e 15,2% dos casos apresentavam associação dos dois vírus. O estudo do perfil clínico-epidemiológico destes pacientes mostrou predominância absoluta das formas crônicas. As formas clínicas encontradas foram predominantemente as formas avançadas da doença – Hepatite Crônica (26,8%, 28,6% e 45,7%) e Cirrose Hepática (54,8%, 64,3% e 42,9%). O sexo mais acometido foi o masculino (67,9%) e o feminino 32,1%. Em todas as faixas etárias houve predominância de casos de hepatite B. Mediana da idade de ocorrência da hepatite B significativamente menor do que a mediana da idade de ocorrência da hepatite C. Ocorrência elevada de casos de hepatite C e de casos de hepatite com associação HBV/HCV nas faixas acima de 40 anos. Ocorrência nula de casos de hepatite C nas faixas etárias até 19 anos. Os fatores de risco mais fortemente associados à ocorrência da hepatite B foram: uso de drogas injetáveis, história de cirurgia prévia e de transfusão sanguínea. Os fatores de risco mais fortemente associados à ocorrência da hepatite C foram história prévia de cirurgia e transfusão sanguínea. Com relação à transmissão sexual, o estudo mostrou que tanto as relações homossexuais quanto as relações heterossexuais são fatores de risco para ocorrência das hepatites B e C, havendo necessidade de investigação sobre multiplicidade de parceiros e a prática de sexo desprotegido. A distribuição espacial das hepatites virais em Manaus não mostrou um padrão regular, ocorrendo de forma aleatória nos bairros; não foi identificado nenhum fator comum entre eles que estivesse determinando a ocorrência tanto da hepatite B quanto da hepatite C. |