Agentes comunitários de saúde: fatores restritivos e facilitadores do seu trabalho na Estratégia de Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira Júnior, João Geraldo de
Orientador(a): Oliveira, Sérgio Pacheco de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24296
Resumo: Este estudo busca caracterizar os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da região da Leopoldina norte do Município do Rio de Janeiro, analisando o seu cotidiano e os fatores facilitadores e limitantes do seu trabalho. Este é um estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa, a partir de entrevistas semi-estruturadas com os ACS, fontes primárias e secundárias relacionadas com o seu trabalho. Após a análise dos dados surgiram as seguintes categorias: o perfil dos ACS, o trabalho dos ACS, os fatores facilitadores e limitantes do trabalho dos ACS. Identificou-se que esse profissional da saúde desenvolve um trabalho complexo e com diversos papéis: social, de sujeito mediador, de interprete, de educador, de apoio psicológico/emocional e de apoio à equipe. Aponta-se neste estudo que os ACS desenvolvem ações extrínsecas e intrínsecas a sua profissão, executando atividades administrativas, de educação em saúde, busca ativa e vigilância a saúde, planejadas segundo a lógica programática. As visitas são direcionadas aos grupos prioritários para o alcance de metas quantitativas, tornando o contato com a comunidade breve, prescritivo e de vigilância da saúde. Aspectos relacionados ao mapeamento /planejamento do território, a organização dos serviços de saúde, ausência de educação permanente e planejamento das ações, bem como, o excesso de atividades administrativas, constituem-se em fatores limitantes para o seu trabalho. Investir em espaços coletivos no trabalho, como as reuniões de equipe e atividades de educação permanente, podem potencializar as ações desse trabalhador, o trabalho em equipe e a transformação do processo de trabalho, a fim de, ofertar um serviço de qualidade para a população. O estudo revela ainda que os ACS estão em boa parte do seu tempo em atividades dentro da unidade, diminuindo a disponibilidade para as atividades próprias da sua função, tornando-se um sujeito passivo ao invés de um sujeito ativo e atuante no território para a transformação do processo saúde-doença. A realização daquelas atividades, além de interferir nas ações de sua competência ainda lhes causam desgastes físicos e emocionais devido à sobrecarga de atividades.