Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Toledo, Eliza Teixeira de |
Orientador(a): |
Facchinetti, Cristiana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50350
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Resumo: |
Esta tese discute historicamente o uso da psicocirurgia em um dos maiores hospitais da América Latina entre os anos 1930 e 1950: o Hospital Psiquiátrico do Juquery, situado no estado de São Paulo, onde ocorriam cerca de um terço das internações psiquiátricas do Brasil naquele período. Foi naquela instituição que a terapêutica psiquiátrica, uma das mais controversas do século XX, encontrou seu primeiro espaço de aplicação após as tentativas cirúrgicas começadas em Portugal, em 1936. Na dianteira da recepção da psicocirurgia em nível internacional, o Juquery apresentou um intenso investimento na utilização da terapêutica, o que foi possível graças a especificidades da população internada, à estrutura e aos profissionais da instituição asilar, à organização sociopolítica do contexto e aos princípios científicos orientadores da prática psiquiátrica. Concomitantemente, os registros médicos indicam que questões de gênero permearam a racionalidade terapêutica que organizou a utilização da psicocirurgia no Juquery, refletidas em níveis de tolerância distintos para comportamentos disruptivos de homens e mulheres que puderam ser analisadas nas indicações e resultados das intervenções cirúrgicas. As fontes primárias nos permitiram, ainda, ter acesso ao impacto de novas demandas de ética médica e direitos humanos sobre o uso da terapêutica em nível local, refletindo no seu decrescimento pouco antes da inserção do uso de psicotrópicos na instituição. |