Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Toledo, Daniel Afonso de Mendonça |
Orientador(a): |
Melo, Rossana Correa Netto de,
Bizarro, Heloísa D'Ávila da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23567
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Resumo: |
Corpúsculos Lipídicos (CLs) são organelas complexas, ricas em lipídios, presentes em células eucarióticas e procarióticas. Diferente de todas as outras organelas, os CLs são delimitados apenas por uma monocamada de fosfolipídios. Os CLs apresentam diversas funções como metabolismo de lipídios, sinalização celular, papel na inflamação. O aumento do número de CLs é documentado em células do hospedeiro durante diversas doenças infecciosas e encontra-se associado com a síntese de mediadores inflamatórios como prostaglandinas. A via do PPAR-gamma (PPAR-\03B3), é conhecida em células de mamíferos como importante moduladora lipídica e relaciona-se à formação de CLs e mediadores inflamatórios. O acúmulo de CLs no citoplasma de patógenos e seu significado funcional ainda são pouco compreendidos. Nesse trabalho, nós investigamos a formação de CLs no parasito intracelular T. cruzi durante situações de interação com a célula hospedeira e a possível correlação dessas organelas com a produção e liberação do mediador inflamatório prostaglandina E2 (PGE2). Em paralelo, a presença do receptor nuclear PPAR-\03B3 foi também investigada no parasito. Análises por microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão (MET) demonstraram que CLs são constitutivos em formas tripomastigotas e amastigotas de T. cruzi Ocorreu aumento significativo no número de CLs em parasitos cultivados na presença de macrófagos comparado a parasitos cultivados na ausência de macrófagos. Por MET, CLs nas formas amastigotas do parasito, foram analisados em processo de infecção em dois tipos de macrófagos: peritoneais in vitro e do tecido cardíaco in vivo. CLs da infecção in vivo, foram significativamente maiores e elétron-densos se comparados aos CLs dos parasitos cultivados in vitro. Tripomastigotas estimulados em cultura com ácido araquidônico (AA) e ácido oleico (AO), foram induzidos à gênese de novos CLs e PGE2. RAMAM e espectrometria de massas (MALDI-TOF) confirmou a incorporação de AA em CLs do parasito. Revelamos também que os CLs são locais de produção da PGE2. A presença da enzima PGE sintetase, envolvida nesta síntese, foi demonstrada no parasito por Western Blotting. Além disso, demonstramos, pela primeira vez, que o parasito expressa a via do PPAR-\03B3. Assim CLs são fonte de recursos lipídicos para o parasito crescer e produzir mediadores da inflamação, que potencialmente podem agir na resposta imune do hospedeiro. Além disso a via do PPAR-\03B3 pode estar envolvida no processo. Dessa forma um novo campo de estudos é aberto para doença de Chagas, onde organelas importantes do parasito podem ser exploradas como potencial alvo terapêutico |