Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Jeane Quintanilha |
Orientador(a): |
Rabinovitch, Leon |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14234
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Resumo: |
Neste estudo, foram analisadas 167 cepas [82 B. thuringiensis (Bt), 70 B. cereus (Bc) e 15 B. mycoides], isoladas no Brasil e provenientes de diversas origens. Foram avaliados alguns aspectos fenotípicos, tais como, a capacidade de motilidade, atividade hemolítica, produção de lecitinase e hidrólise do amido, bem como, genótipos relacionados ao potencial toxigênico e de virulência. A maioria das estirpes produziu enzimas extracelulares, tais como, amilase e lecitinases, o que ressalta o potencial deteriorante dessas espécies. A motilidade e a atividade hemolítica apresentaram proporções semelhantes nas cepas analisadas. A maioria das estirpes (155,93%) foi \03B2-hemolítica. A expressão dos genes toxigênicos e de virulência foram investigados através da PCR. De acordo com a ocorrência dos genes das enterotoxinas e da toxina emética, as cepas selecionadas foram divididas em 7 perfis toxigênicos. O perfil predominante, o perfil I, incluiu 119 cepas (71%) que foram positivas para todos os genes das enterotoxinas. As enterotoxinas HBL e NHE foram detectadas em 143 (86%) e 164 (98%) das cepas, respectivamente. Todas as cepas possuem genótipo positivo para entFM. O gene da cytK-2 estava presente em 134 cepas (80%). Todas as cepas foram negativas para os genes cytK-1 e ces. Na distribuição dos fatores de virulência, o perfil predominante, o perfil I, (20%, 34/167) incluiu cepas positivas para todos os determinantes hemolíticos, sendo divididos em 24 perfis. Entre os genes de virulência a hlyIII foi o mais prevalente (130/78%). O gene piplc foi encontrado em 112 cepas (67%) e o gene pcplc em 118 cepas (71%). Já o gene sph foi detectado em 76 estirpes (45%) O gene menos comum, a hlyII foi detectada em 69 das estirpes (41%). Para ambos os perfis, a espécie Bt apresentou alta prevalência desses genótipos. Somente o genótipo mesofílico (gene cspF) foi detectado nas cepas selecionadas. Além das 28 cepas que amplificaram todos os fatores de virulência (20 Bt e 8 Bc), 12 cepas (3 Bt e 9 Bc) foram selecionadas randomicamente entre as 167 estirpes, as quais foram submetidas a caracterização genotípica por rep-PCR e MLST. Através da análise do rep-PCR, observa-se que a distribuição das sequências rep-PCR em Bt, tende a ser menos variáveis, havendo uma propensão para o agrupamento dos perfis eletroforéticos específicos de cepas de Bt, não sendo a mesma orientação apresentada pelas cepas de Bc, que demonstraram perfis altamente polimórficos. O MLST permitiu caracterizar e observar as relações filogenéticas entre as estirpes selecionadas agrupando-as em 20 Sts, com 17 dos Sts apresentando perfis alélicos novos (ST156 a ST170). A análise por MLST demonstrou que as cepas de distintas fontes compartilham origens clonais comuns surgindo de diferentes grupos filogenéticos. A expressiva distribuição dos determinantes de virulência observada entre as cepas estudadas atesta o dinamismo e o alto potencial toxigênico e deteriorante, fatos que provavelmente contribuem para entender a epidemiologia e a biodiversidade das espécies que compõem o B. cereus l.s. |