Ocorrência de Bacillus cereus em produtos lácteos comercializados na microrregião de Viçosa, Minas Gerais, determinação de genes de virulência e produção de toxina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Olivar Barreto, Jorge Mario
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7766
Resumo: O leite e os produtos lácteos podem se contaminar com Bacillus cereus, um micro-organismo que dependendo do número, da estirpe e das condições de processamento e comercialização, além de produzir lipases e proteases causadoras de off-flavor nos produtos, está associado a duas síndromes distintas que atingem os humanos: uma de natureza diarréica causada pela toxinas não hemolítica nhe, hemolítica hbl e citotoxina cytk e outra emética, causada pela toxina denominada de cereulide ces. Avaliou-se a presença de B. cereus no leite pasteurizado, leite em pó, leite UHT, queijo ricota e sobremesas lácteas, bebidas lácteas e leite achocolatado comercializados supermercados da microrregião de Viçosa, Minas Gerais. nos Também, determinou-se a presença de fatores de virulência de B. cereus nos isolados e avaliou-se a produção de enterotoxina diarreica. A ocorrência de B. cereus em diferentes produtos lácteos foi avaliada utilizando métodos quantitavivo e qualitativo. Das 129 amostras analisadas, foi observada a presença de B. cereus em 69 (53,4%) considerando ambos os métodos. As contagens do micro-organismo variaram de 1,30 log UFC/mL no leite pasteurizado até 5,32 log UFC/g na ricota. A presença do B. cereus foi detectada no leite UHT apenas no teste qualitativo. Os 69 isolados que apresentaram caraterísticas fenotípicas de B. cereus foram confirmados como sendo dessa espécie pela técnica de PCR para o gene 16S, e foram classificados como pertencentes a três estirpes diferentes (B. cereus KAVK4, B. cereus SVK1 e B. cereus ATCC 4342), sendo predominante em todos os produtos analisados a estirpe B. cereus KAVK4. Dos 69 isolados analisados para a presença de genes produtores de enterotoxinas, 68 (98 %) apresentaram o gene nhe. Este gene foi expresso nos 68 isolados com a produção de pelo menos 6 ng/mL da nhe, limite mínimo de detecção desta toxina na metodologia utilizada. Dos 69 isolados confirmados como B. cereus, 40 (57 %) apresentam a amplificação do gene hbl, em 30 (75 %) destes constatou-se a produção de pelo menos 20 ng/mL da toxina hbl, limite de detecção do kit utilizado. A presença do gene cytk foi verificada nos 69 isolados analisados. A ocorrência de pelo menos um gene produtor de enterotoxina foi constatada em todos isolados, o que indicaria um alto potencial patogênico das estirpes presentes nos produtos lácteos.