Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Castells, Maria Alicia |
Orientador(a): |
Campos, Carlos Eduardo Aguilera |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14860
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Resumo: |
Este trabalho aborda a prática de preceptoria nos Programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (PRMMFC) do Rio de Janeiro. Em 2012 foi iniciada nestes programas uma nova organização do processo de trabalho do residente e do preceptor. O residente passou a assumir, sob supervisão, as atribuições de médico da equipe de saúde da família, e o preceptor diminuiu suas atividades assistenciais para ampliar sua responsabilidade pelo processo de ensino-aprendizagem dos residentes. O objetivo principal deste trabalho foi realizar um estudo descritivo da preceptoria nestes programas, com base na percepção do preceptor sobre a sua agenda de trabalho e sobre as suas atribuições. Realizou-se um estudo exploratório-descritivo, com uma abordagem quanti e qualitativa; foram utilizadas as técnicas de grupo focal e aplicação de questionário com perguntas fechadas para construção do perfil geral dos preceptores. A análise dos dados foi realizada através da análise de conteúdo, tecendo-se uma relação com as referências da literatura. Foram realizados três grupos focais com presença de 15 preceptores dos 4 diferentes PRMMFC do RJ. Observa-se que a agenda de trabalho do preceptor ainda é pouco estruturada, ficando sujeito a presença de várias demandas externas à atividade de formação. Na agenda de trabalho do preceptor, além das atividades de formação e acompanhamento do residente, são identificadas atividades de gestão do serviço e atividades referentes à responsabilidade técnica. Os preceptores acabam também assumindo a responsabilidade por atendimentos médicos, assumindo um lugar de suporte ao residente e ao serviço de saúde como um todo. Na relação com o residente, a supervisão do atendimento clínico individual é destacada como a atividade central da preceptoria. Em relação às atribuições necessárias para a preceptoria, observa-se ainda uma falta de apropriação conceitual em relação à discussão pedagógica, apesar de identificarem-se experiências de metodologias ativas de ensinoaprendizagem. A questão de ser uma referência técnica, com competência profissional na especialidade, é assumida pelos preceptores como uma atribuição, ao mesmo tempo em que são críticos a idéia de terminalidade na formação profissional. Identifica-se uma dificuldade de compreensão em relação à responsabilidade pela formação ética do residente, existindo dúvidas entre os preceptores sobre a sua importância e a sua relação com o processo educativo do aprendiz. |