Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Aragão, Lilian de Carvalho |
Orientador(a): |
Fonseca, Marlon de Freitas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Fernandes Figueira
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10986
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Resumo: |
A endometriose é a presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina que afeta 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. A endometriose profunda penetra mais de 5 mm de profundidade na estrutura acometida. A doença pode infiltrar diversos órgãos, provocar sintomas dolorosos intensos e conseqüentemente diminuir a qualidade de vida. As portadoras de endometriose podem ser assintomáticas em 2 a 50% dos casos. O tratamento cirúrgico se propõe a melhorar a algia e qualidade de vida (QV), porém 20% dessas mulheres submetidas a extirpação das lesões permanecem sintomáticas. O objetivo do estudo é, portanto, verificar a relação entre a dor e a localização das lesões de endometriose. Métodos: Um estudo observacional seccional foi realizado com 72 mulheres em idade reprodutiva na cidade do Rio de Janeiro, com diagnóstico laparoscópico de endometriose profunda, no período de junho de 2011 a abril de 2013. Pacientes com qualquer doença ou trauma referido que interferisse na percepção de dor e na qualidade de vida foram excluídas. Na entrevista inicial, foram obtidos dados da anamnese, da escala visual analógica, dos questionários de QV Short Form 36 e Endometriosis Health Profile 30. As pacientes tiveram os sítios anatômicos das lesões mapeados durante a cirurgia e posteriormente agrupados em compartimentos anatômicos. Resultados: A maioria das mulheres avaliadas era nulípara, com ensino superior completo, de raça branca, com parceiro sexual, não tabagista e com mediana de idade de 35 anos. O compartimento anatômico mais prevalente foi o posterior ao útero (72,2%) e a dispareunia foi o sintoma mais freqüente (79,2%). A intensidade da dismenorréia foi estatisticamente significativa em relação à ausência de lesão no compartimento anterior ao útero (P=0,019), assim como a disquezia menstrual em relação à presença de lesões no retossigmóide (P=0,009) e nos paramétrios (P=0,017). A escala Dor, nos questionários de QV, não foi relacionada a nenhum compartimento. Conclusões: A disquezia menstrual está relacionada à presença de lesão no retossigmóide e nos paramétrios, assim como a dismenorréia está associada à ausência de lesão no compartimento anterior ao útero. |