Fumonisinas e fumonisinas hidrolisadas em cerveja: desenvolvimento, validação de método analítico e avaliação da contaminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soilo, Eloiza Rodrigues Pimentel de Sá
Orientador(a): Jacob, Silvana do Couto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53194
Resumo: A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no Brasil e no mundo, apresentando relevância econômica e cultural em diversos países. Ao longo dos anos, a cerveja tem se tornado alvo de pesquisas devido à presença de micotoxinas, substâncias tóxicas produzidas como metabólitos secundários de fungos, que podem estar presentes na bebida, devido à utilização de matérias primas contaminadas durante o processo de produção. Uma vez que estas matérias primas são suscetíveis à contaminação por Fusarium spp., produtores de fumonisinas, e que no Brasil não existe legislação para fumonisinas em cerveja. Neste estudo foi desenvolvido e validado um método analítico para a determinação das fumonisinas B1 (FB1) e B2 (FB2) e fumonisinas B1 e B2 hidrolisadas (HFB1 e HFB2) em cervejas do tipo pilsen, por cromatografia líquida de ultra-eficiência acoplada à espectrometria de massas sequencial (CLUE-EM/EM). As fumonisinas foram extraídas utilizando o método QuEChERS com modificações. Recuperações satisfatórias (89,9 a 99,9%) com desvios padrão relativos inferiores a 10% foram obtidos para todas as micotoxinas alvo. O método apresentou sensibilidade adequada com limites de quantificação de 0,035 a 0,284 ng/mL para todas as fumonisinas estudadas. O método validado foi aplicado na análise de 20 amostras de cerveja obtidas no comércio do Município do Rio de Janeiro. As FB1 e FB2 foram encontradas em 75% e 65% das amostras analisadas respectivamente, em níveis de concentração de 0,110 a 6,861 ng/mL para FB1 e de 0,041 a 0,616 ng/mL para FB2. As HFB1 e HFB2 foram encontradas respectivamente, em 10% e 15% das amostras analisadas, com nível de concentração de até 0,330 ng/mL para HFB1 e para HFB2 valores menores que o limite de quantificação Os resultados encontrados nesse estudo demonstram a importância de se estabelecer uma regulamentação para micotoxinas em cerveja no Brasil e nos demais países, e alerta para a necessidade do controle da qualidade das matérias primas utilizadas no processo de fabricação de cerveja