O beber feminino: a marca social do gênero feminino no alcoolismo em mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Cesar, Beatriz Aceti Lenz
Orientador(a): Giffin, Karen Mary
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5062
Resumo: Este trabalho enfoca o beber feminino numa perspectiva de gênero, observando o entrelaçamento das relações e ideologias de gênero no alcoolismo em mulheres. Procuramos nos afastar das noções médicas sobre o alcoolismo feminino e levantar reflexões que o beber feminino nos aponta. Foram realizadas entrevistas com nove mulheres, participantes de um grupo específico para mulheres alcoolistas, cuja abordagem inclui o modelo da Redução de Danos e atividades que promovem novas relações entre sujeitos sociais. O estudo mostrou que o beber feminino engloba um conjunto de fatores relacionados ao ser mulher no espaço social e ser mulher alcoolista, numa relação dialética entre o plano identitário e os processos de subjetivação hegemônicos de gênero, onde a questão da violência doméstica apresentou-se de forma significativa. Os depoimentos das entrevistadas apontam para dois lados do beber feminino, caracterizado por contradições. O processo de lidar com experiências adversas e fugir do sofrimento, resistindo à violência e ao desamparo numa tentativa de ficar alegre e mais sociável, revela-se, ao mesmo tempo, num beber solitário, depressivo, auto destrutivo.