Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Guerreiro, Marcos Lázaro da Silva |
Orientador(a): |
Andrade, Sonia Gumes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34886
|
Resumo: |
Reinfecções pelo Trypanosoma cruz em pacientes residentes de áreas endêmicas têm sido mencionadas como fator agravante das manifestações cardíacas na doença de Chagas. Achados experimentais demonstram que animais quando submetidos a infecções sucessivas apresentam reações inflamatórias mais intensas quando comparados àqueles com infecção única. O estudo da tríplice infecção com cepas de diferentes Biodemas demonstrou exacerbação das lesões teciduais músculo cardíaco e esquelético provavelmente devido ao abrigo de diferentes populações (cepas). Neste trabalho, utilizando-se o modelo murino, procura-se investigar a influência de infecções sucessivas com clones de T. cruzi de um mesmo Biodema, com diferentes graus de virulência, como fator agravante da miocardite crônica. Para o presente estudo foram utilizados camundongos suíços infectados com os clones (Col-C1/Col-C5/Col-C8) sacrificados na fase aguda 14°; 20°; 25°; 30°) todos os grupos e na fase crônica da infecção (150 dias) para os grupos Col-C5 e Col-C8. O clone Col-C1 não teve a fase crônica estudada devido a mortalidade total ao 30° dia de infecção. O grupo submetido à infecção tríplice foi avaliado entre o 115° e o 130° dias da primeira infecção e aos 175 dias. O inóculo para todos os grupos experimentais (infecção única e tríplice infecção) foi de 5 x 10 4 formas tripomastigotas sanguícolas do T. cruz por via intraperitoneal. Os camundongos sacrificados na fase aguda e na fase crônica em todos os grupos tiveram as secções coração e músculo esquelético coletadas, fixadas e posteriormente processadas para o estudo patológico em secções coradas pela Hematoxilina e Eosina ou pelo método do Picro-Sirius para investigação da fibrose. Investigou-se também a resposta humoral pela sorologia Iimunofluorescência indireta) e pela reação de Elisa. Os camundongos sacrificados na fase aguda nos grupos experimentais submetidos à infecção única demonstraram no geral lesões inflamatórias que variaram de discretas a moderadas, com necrose de miocélulas cardíacas e infiltrados inflamatórios mononucleares e fibrose intersticial difusa e focal. Os camundongos com tríplice infecção demonstraram exacerbação das lesões que variaram na maioria dos casos de moderadas a intensas no coração e no músculo esquelético, aos 25° e 30° dia após a tríplice infecção com relação aos animais submetidos a infecção única. Os camundongos com tríplice infecção avaliados aos 175 dias havia miocardite crônica em todos os casos, com lesões que variaram de discretas a moderadas. Os títulos sorológicos variaram de 1/10 a 1/640 nos grupos infecção única e de 1/10 a moderadas nos animais submetidos à tríplice infecção. A dosagem das imunoglobulinas IgM e IgG2a mostraram-se mais elevadas nos animais submetidos a tríplice infecção e, a IgG1 abaixo dos níveis normais. A análise quantitativa dos infiltrados inflamatórios (miocárdio e do teste cutâneo de hipersensibilidade tardia) demonstrou diferença significativa nos animais submetidos a tríplice infecção quando comparados com os animais submetidos à infecção única. Os resultados confirmaram que os animais submetidos a múltiplas infecções apresentam exacerbação das lesões inflamatórias, maiores níveis de imunoglobulinas e de títulos sorológicos quando comparados àqueles com infecção única. Concluímos que as reinfecções ao T. cruz é um fator agravante para a evolução da miocardiopatia chagásica no modelo murino da doença de Chagas. |