Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Amanda dos Santos |
Orientador(a): |
Porrozzi, Renato,
Moraes, Milton Ozório |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13516
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Resumo: |
A Leishmaniose Visceral causada pela Leishmania infantum é uma doença zoonótica no Novo Mundo em que o cão é o principal hospedeiro doméstico. O conhecimento prévio dos mecanismos imunopatogênicos associados à infecção por L. infantum é necessário para o desenvolvimento de vacinas e outras estratégias de controle. O objetivo geral desta tese foi correlacionar a expressão clínica, a carga parasitária, a resposta imunológica do hospedeiro e a diversidade genética dos parasitos em cães naturalmente infectados por L. infantum. O presente estudo é uma avaliação transversal de noventa e dois cães naturalmente infectados por L. infantum provenientes do estado do Mato Grosso. A infecção dos animais incluídos no estudo foi confirmada por sorologia, cultura e /ou PCR. O diagnóstico etiológico foi realizado por PCR-RFLP para o gene hsp70 e por eletroforese de enzimas nos parasitos isolados. Foram ainda analisados os sinais clínicos, a resposta imune pela expressão gênica de citocinas, a carga parasitária por qPCR, as alterações histológicas no baço e fígado e a as populações e genótipos de L. infantum circulantes por meio da análise do polimorfismo de microssatélites. Foram definidos grupos de acordo com a carga parasitária esplênica e hepática. Os animais com alta carga parasitária apresentaram altos títulos de anticorpos específicos anti-Leishmania e mais sinais clínicos da doença A carga parasitária no baço foi maior do que no fígado e houve correlação com o rompimento da arquitetura esplênica, caracterizado principalmente pela desorganização da polpa branca. No fígado, a carga parasitária foi correlacionada positivamente à ocorrência de granulomas, à degeneração dos hepatócitos bem como à intensidade do infiltrado inflamatório. Mostramos que a maior carga parasitária promoveu menor expressão gênica de IL-12, IFN\03B3, TNF, IL-6, TGF\03B2 e IL-10 no baço e maior expressão de CCL2, CXCL8 e MAP4K4 no fígado. A análise genética dos parasitos é indicativa de que há infecção policlonal e tropismo tissular de alguns clones, mais evidente na análise das amostras pareadas (tecidos e isolados do tecido). Foi observada baixa variabilidade genética em que a maioria (96%, 49/51) das amostras foi caracterizada como pertencente a POP2, dentre as populações circulantes no Brasil previamente descritas pelo nosso grupo. Não houve associação entre a variabilidade genética dos parasitos e os parâmetros clínicos, parasitológicos ou imunológicos. Apesar disso, os dados gerados pelos ensaios in vitro com as cepas de diferentes populações sugerem que há sim diferenças na infectividade entre cepas com genótipos de microssatélites distintos. Foi reunida uma série de dados que, em conjunto, mostram que na região estudada a Leishmanise Canina é causada por população geneticamente homogênea não tendo sido observada nenhuma correlação entre genótipos específicos e o fenótipo da infecção canina |