Vulneração e injustiças ambientais na determinação social da saúde no território de Suape, Pernambuco/Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Mariana Olívia Santana dos
Orientador(a): Augusto, Lia Giraldo da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28046
Resumo: Pernambuco tem ampliado o Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS) mediante a construção de novas indústrias financiadas pelo modelo desenvolvimentista do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa reconfiguração tem ocasionado profundas transformações políticas, socioeconômicas e culturais, gerando conflitos socioambientais, repercutindo negativamente na qualidade de vida nos territórios e na saúde da população local. O objetivo do estudo foi compreender os processos de vulneração, conflitos e injustiças ambientais e suas implicações na determinação social da saúde da população que vive e trabalha nos territórios afetados de Suape/Pernambuco – Brasil. Realizou-se uma pesquisa qualitativa do tipo pesquisa-ação, seguindo princípios da abordagem ecossistêmica em saúde. Como resultados: 1) foi realizado um mapeamento dos conflitos envolvendo injustiça ambiental e saúde, identificando 49 situações de conflitos sociais gerados pelo CIPS; 2) Caracterização de duas redes sociais que atuam no enfrentamento dos processos de vulneração - o Fórum Suape - Espaço Socioambiental e a Rede de Saúde do Trabalhador de Pernambuco - suas atuações para efetivação de políticas públicas e estratégias de ação em saúde; 3) Análise da percepção das mulheres moradoras de 9 comunidades em relação ao processo de industrialização e vulneração do ambiente e da saúde; 4) desenvolvimento do documentário Suape, desenvolvimento para quem? e realização de 16 cinedebates como estratégia de comunicação social para auxiliar o empoderamento das comunidades. O desenvolvimento deste trabalho na perspectiva de uma abordagem ecossistêmica possibilitou uma melhor aproximação dos contextos e das redes sociais onde se dão os processos da determinação social da saúde e contribuiu para a promoção de intervenções para a resolução de problemas complexos relacionados a vulneração das populações, compreendendo questões de saúde humana, conflitos e injustiças ambientais.