Educação em saúde sobre a esporotricose como estratégia para melhora do conhecimento no ensino público de Duque de Caxias, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Duval, Andressa Evelyn de Almeida
Orientador(a): Pereira, Sandro Antonio, Gremião, Isabella Dib Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48654
Resumo: A esporotricose é causada por fungos patogênicos do gênero Sporothrix. Desde 1998, a região metropolitana do Rio de Janeiro tem vivenciado uma ocorrência endêmica dessa micose que acomete seres humanos, cães e gatos. A transmissão zoonótica associada ao gato infectado tem uma grande importância devido à descrição de casos humanos e felinos nesta região, pois neste contexto o gato infectado é o principal transmissor do fungo. Dentre as medidas profiláticas da transmissão zoonótica, é fundamental que se desenvolvam estratégias para educar a população em áreas endêmicas, pois o conhecimento sobre a doença é uma das medidas necessárias para prevenir a esporotricose. O ambiente escolar é considerado favorável para o desenvolvimento de trabalhos voltados à educação em saúde, por ser um espaço social onde são desenvolvidos processos de ensino e aprendizagem localmente e no seu entorno. O presente estudo teve por objetivo avaliar o conhecimento dos escolares sobre a esporotricose antes e após a realização de uma intervenção educativa. O trabalho foi desenvolvido em duas escolas públicas no município de Duque de Caxias, RJ, com inclusão de 69 alunos do 6º ano. Foi aplicado um primeiro questionário para avaliar o conhecimento prévio dos alunos a respeito desta zoonose. Em outro momento, uma intervenção educativa foi realizada, por meio de palestra sobre a esporotricose, distribuição de folder educativo e exposição de banner na escola, contendo informações sobre a doença para os alunos. Posteriormente, foi aplicado um segundo questionário para avaliação da incorporação do conhecimento acerca do assunto. A avaliação do aprendizado dos escolares ocorreu por meio da análise comparativa das médias das respostas dos questionários cujos resultados foram: 1,71 pontos (antes da intervenção educativa) e 7,41 pontos (após a intervenção educativa). Todas as questões referentes à esporotricose avaliadas individualmente apresentaram um número maior de acertos no segundo questionário (p-valor < 0,05). Quando avaliados na questão aberta referente ao que ouviram falar sobre a esporotricose antes da intervenção educativa, três alunos pontuaram dentro dos critérios de correção estabelecidos. Na segunda avaliação (após a intervenção educativa), o número de alunos que pontuou na referida questão aumentou para 55. Conclui-se, que a educação em saúde por meio da metodologia utilizada foi uma ferramenta efetiva na transmissão de informações sobre a esporotricose para a população estudada, pois a maioria dos alunos afirmou ter obtido conhecimento sobre a doença por meio da escola. A partir dos resultados apresentados, sugere-se fortemente que a intervenção educativa sobre esporotricose, deva ser aplicada de forma contínua em escolas de áreas endêmicas.