Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alzuguir, Cláudia Lima Campos |
Orientador(a): |
Pimentel, Maria Inês Fernandes,
Pereira, Sandro Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48566
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Resumo: |
A esporotricose é uma micose subaguda ou crônica causada, na maior parte dos casos, por implantação traumática de espécies patogênicas do gênero Sporothrix. A espécie mais prevalente no Brasil é Sporothrix brasiliensis. A esporotricose humana é endêmica na América Latina, principalmente no estado do Rio de Janeiro (RJ). De 1997 a 2011, foram diagnosticados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz 4.188 casos humanos, e entre 1998 e 2015, 4.703 casos em gatos. Tendo em vista as peculiaridades do cenário epidemiológico no RJ e a importância da tecnologia de análise de dados e de geoprocessamento no contexto da localização espacial dos agravos, este estudo teve como objetivo analisar os casos de esporotricose humana e felina em Duque de Caxias correlacionando com aspectos sociais e ambientais, no período entre 2007 e 2016, por meio da construção de mapas temáticos. Trata-se de um estudo retrospectivo da esporotricose humana e felina no município de Duque de Caxias no período supracitado, com análise epidemiológica e espacial. A fonte de dados relacionados à esporotricose humana foi o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do RJ, por meio da notificação de pacientes com código internacional de doenças (CID-10) B42 (esporotricose), entre 2007 e 2016.A fonte de dados relativa aos indicadores sociodemográficos foi o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio de informações disponíveis em seu site. As informações sobre esporotricose felina foram coletadas no banco de dados do Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos/Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz e os dados de casos felinos de esporotricose notificados ao SINAN do RJ, por meio da notificação de casos em Duque de Caxias. O estudo compreendeu 827 casos de esporotricose humana e 435 casos felinos entre 2007 e 2016. As áreas mais afetadas apresentaram maior vulnerabilidade da população, expressa por baixa renda per capita e fornecimento público de água tratada deficiente. Observou-se um aumento do número de casos humanos e da sua distribuição espacial no município de Duque de Caxias ao longo do período estudado. Do mesmo modo, observou-se um aumento da área de abrangência de felinos com esporotricose no município no período estudado, com superposição das áreas afetadas por casos humanos e felinos. Conclui-se que a esporotricose é uma doença paradigmática do conceito de saúde única, compreendendo a saúde humana, animal e ambiental, e requer medidas para o melhor controle desta endemia no município de Duque de Caxias. |