Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Miglionico, Marcos Tobias de Santana |
Orientador(a): |
D'Andrea, Paulo Sérgio,
Teixeira, Edward Frazão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39812
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Resumo: |
Coccídios pertencem ao infra-filo Apicomplexa e são protozoários intracelulares obrigatórios que parasitam animais domésticos e silvestres e também seres humanos, causando doença aparente ou assintomática. A principal característica dos coccídios é a formação do oocisto, produto do ciclo sexuado no hospedeiro definitivo, e que é liberado no ambiente com as suas fezes. Apenas três espécies de coccídios parasitam roedores da subfamília Sigmodontinae no Brasil representados por 109 espécies, sendo que 10 delas são do gênero Akodon com importância epidemiológica, atuando como reservatórios de agentes causadores de zoonoses. Existe uma lacuna sobre coccídios parasitas de roedores do gênero Akodon e o objetivo do presente trabalho foi investigar a diversidade e o parasitismo de coccídios de espécimes destes animais no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro. Foram capturados 53 espécimes do roedor silvestre Akodon montensis (Rodentia, Sigmodontinae) e coletadas amostras de fezes do intestino grosso durante as necropsias As amostras foram conservadas com 2,5%, Dicromato de potássio e mantidas à temperatura ambiente sob oxigenação por cinco dias, para esporulação dos oocistos e processadas como de rotina para análises morfológica e morfométricas por microscopia óptica com contraste de interferência. Espécimes com positividade nas fezes para coccídios tiveram o intestino segmentado e processado para análise histopatológica visando identificar os estágios evolutivos. Foram identificados cinco morfotipos e descritas quatro novas espécies de Eimeria Schneider, 1875, a saber: Eimeria montensis n.sp, Eimeria uricanensis n.sp e Eimeria parnasiensis n.sp, sendo que o desenvolvimento endógeno no intestino delgado da nova espécie, Eimeria akodonensis n. sp. Miglionico et al 2017, foi descrito parcialmente, observando-se gametogonia no jejuno do hospedeiro. As prevalências dessas espécies foram de 5,7% (3/53), 3,8% (2/53), 1,9% (1/53) e 7,5% (4/53), respectivamente. Adicionalmente, a espécie E. zygodontomyis, foi descrita pela primeira vez em A. montensis com prevalência de 3,8% (2/53). Este trabalho contribuiu com a identificação de quatro novas espécies de coccídios e representa o primeiro relato de Eimeria em espécimes de Akodon montensis no Brasil. |