Educação Ambiental, Currículo e Interdisciplinaridadeuma teia de caminhos entrelaçados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Taís Conceição dos
Orientador(a): Costa, Marco Antonio Ferreira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13631
Resumo: Diante da gravidade da situação ambiental em todo o planeta, tornou-se incontestável a necessidade de se abordar esta temática em todos os níveis escolares para que as novas gerações formem conceitos e, sobretudo, valores e atitudes que integrem o ser humano com o ambiente. Por lei, todo aluno na escola brasileira, tem direito garantido a Educação Ambiental durante todo seu período de escolaridade. Neste sentido, a relação entre meio ambiente e educação assume cada vez mais um papel desafiador, demandando a emergência de novos saberes para entender processos sociais complexos e riscos ambientais que se intensificam. Dessa forma, a Educação Ambiental deve proporcionar ao aluno a compreensão de que ele próprio é parte da natureza e desta forma, é sua obrigação usar racionalmente os recursos naturais pelo futuro de toda a humanidade, através da adoção da perspectiva interdisciplinar, utilizando o conteúdo específico de cada disciplina de modo a analisar os problemas ambientais através de uma ótica global e equilibrada. Diante deste cenário, esta pesquisa tem como objetivo compreender as percepções dos docentes do Ensino Fundamental de duas escolas do Rio de Janeiro acerca do entendimento do que é currículo, e da forma como o mesmo afeta as atividades relacionadas à Educação Ambiental como prática interdisciplinar. Nesta perspectiva, nos aproximamos da ideia de currículo proposta por Sacristán (2000), de interdisciplinaridade proposta por Fazenda (1993) e Educação Ambiental Crítica proposta por Guimarães (2000) Como pressuposto, consideramos que os professores do Ensino Fundamental possuem uma concepção restrita a respeito do currículo, daí a dificuldade em desenvolver a Educação Ambiental, sob a ótica interdisciplinar. Optou-se por uma pesquisa empírica com abordagem qualitativa, tendo como instrumentos de coleta de dados a aplicação de uma entrevista semiestruturada, além da análise de alguns documentos oficiais, que servem de orientadores para o currículo. Tanto as entrevistas quanto os documentos, foram analisados em um contexto multirreferencial, buscando a discussão e a contextualização com diversos autores da área. Os dados da pesquisa indicam que os professores possuem uma concepção de currículo como programa a ser seguido pelos mesmos, além de possuírem uma visão de Educação Ambiental Conservadora. Já os documentos analisados, estão baseados em uma concepção de Educação Ambiental Crítica, cujo foco é a reflexão dos problemas globais e locais dentro de uma perspectiva contextualizada e crítica, através de um trabalho interdisciplinar e contínuo. Esta investigação justifica-se pela defasagem da prática interdisciplinar e da Educação Ambiental em relação ao contexto escolar e as demandas decorrentes do progresso técnico - cientifico