Diversidade de pequenos mamíferos, das ordens Rodentia e Didelphimorphia, reservatórios de Tripanossomatídeos (Sarcomastigophora: Kinetoplastida) em um assentamento rural na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Achilles, Genevere Reis
Orientador(a): Ríos Velásquez, Claudia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33122
Resumo: O processo de antropização promove redução na diversidade de fauna e flora, mudanças nos ciclos de desenvolvimento de vetores e parasitos, seleção de espécies generalistas, peridomiciliação de animais silvestres e sinantrópicos, todos fatores de risco para a emergência ou re-emergência de doenças que já estavam controladas. Dentre as doenças que aumentam a incidência em decorrência da pressão antrópica temos as causadas por protozoários da família Trypanosomatidae: leishmaniose tegumentar americana (LTA), leishmaniose visceral (LV) e doença de chagas (DC). A Amazonia é uma região endêmica para LTA e DC cujo ciclo de transmissão envolve animais silvestres e sinantrópicos como reservatórios dos parasitos. Nesse trabalho foram identificados mamíferos das ordens Rodentia e Didelphimorphia, comuns reservatórios ara Leishmania e outros tripanossomatídeos, e foi analisada sua distribuição em quatro paisagens distintas da Amazônia Central: peridomícilio, plantio, floresta próxima a plantio e floresta contínua. Um total de 135 pequenos mamíferos terrestres foram coletados no assentamento rural de Rio Pardo (ARRP) - Presidente Figueiredo/AM, 81 das ordens Rodentia (7 gêneros e 8 espécies) e 54 Didelphimorphia (7 gêneros e 9 espécies). A maior diversidade de animais foi encontrada em floresta próxima a plantio e a menor diversidade no peridomicílio. Alta taxa de infecção (T.I.) por tripanossomatídeos (63,7%) foi detectada por PCR (Reação em cadeia da Polimerase), os roedores foram detectados com maiores taxas de infecção no peridomicílio (92,9%) e marsupiais em ambiente florestal (53,3%). Entre os roedores foram encontradas altas T.I. em Rattus rattus (91,67%) e Hylaemys sp. (100%). A espécie Neacomys paracou foi a espécie mais abundante, capturada em ambiente florestal com T.I. de 81,08%. As espécies de marsupiais com altas T.I. foram: Philander opossum (85,71%), Monodelphis brevicaudata (83,33%), Metachirus nudicaudatus (75%) e Marmosa demerarae (66,67%). A presença de pequenos roedores e marsuspiais com altas taxas de infecção em ambientes sinantrópicos e de floresta indicam que os dois ambientes oferecem similar riscos para o ciclo de transmissão dos tripanossomatídeos no ARRP.