Manifestações cutâneas em indivíduos infectados pelo HIV após 10 anos da introdução da terapia anti-retroviral potente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Coimbra, Daniel Dal'Asta
Orientador(a): Galhardo, Maria Clara Gutierrez, Valle, Antonio Carlos Francesconi do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27898
Resumo: A pele é um dos órgãos mais acometidos na infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) , podendo as manifestações cutâneas serem o sinal mais precoce e/ou marcador de progressão da infecção. A história natural do HIV modificou-se na era da terapia anti-retroviral, principalmente após 1996 com a introdução terapia anti-retroviral potente, resultando no declínio das infecções oportunísticas, melhora na qualidade de vida e aumento na sobrevida. Porém, propiciou o desenvolvimento de novas entidades clínicas, como a lipodistrofia e a síndrome inflamatória de reconstituição imunológica. Com o objetivo de verificar a atual prevalência das afecções cutâneas nos pacientes infectados pelo HIV, foi realizado um estudo descritivo, prospectivo, em 281 pacientes atendidos em três ambulatórios de dermatologia no município do Rio de Janeiro No estudo, foram encontradas mudanças nas frequências das dermatoses descritas antes da introdução da terapia anti-retroviral pontente (HAART) com, diminuição da quantidade de doenças por pacientes, das infecções oportunísticas e neoplasias cutâneas, além de apresentações pouco exuberantes, demonstrado assim, grande mudança no padrão do acometimento cutâneo com o uso contínuo e prolongado da HAART. A lipodistrofia, normalmente excluída dos trabalhos de prevalência de dermatoses nos pacientes portadores de HIV, mostrou-se uma das principais queixas e a manifestação mais frequente, estando presente em 51,9% dos pacientes. Após a lipodistrofia, as dermatoses mais frequentes foram: dermatite seborréica, onicomicose, infecção pelo HPV, erupção pápulo-pruriginosa, xerose cutânea, candidíase, farmacodermia, infecção pelo vírus da herpes e prurido. Desse modo, as doenças cutâneas, que antigamente eram apenas marcadores de imunodepressão, hoje também são marcadoras da infecção crônica pelo HIV associada ao uso dos anti-retrovirais