Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Evelline Silva Monteiro |
Orientador(a): |
Bastos, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48802
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Resumo: |
A hepatite C constitui um sério problema de saúde pública por sua gravidade, cronicidade e magnitude, sendo considerada a principal causa de insuficiência hepática, e, eventualmente, transplante hepático devido à cirrose e câncer hepatocelular. Existem poucos dados disponíveis sobre a infecção pelo VHC no Maranhão. O objetivo desta pesquisa foi sistematizar e descrever os achados de uma análise exploratória de todos os casos notificados e confirmados de hepatite C à base pública de dados do SINAN, no estado do Maranhão, no período 2008-2014.Trata-se de um estudo transversal com base na sistematização de estatísticas descritivas. Foram analisadas variáveis demográficas, variáveis relacionadas aos antecedentes epidemiológicos e laboratoriais dos 680 casos confirmados de hepatite C no período de análise. A Taxa de Detecção da hepatite C apresentou uma variação expressiva no período, sendo o ano de 2012 o que apresentou a maior elevação. Observou-se uma maior Taxa de Detecção na capital São Luís em relação aos municípios do interior, decorrente da marcante desproporção demográfica, disponibilidade de recursos e serviços de referência, distribuídos de forma desigual, com forte concentração na capital e seu entorno, assim como da presença/ausência de determinados fatores de risco (por exemplo, uso compartilhado de drogas ilícitas e hemodiálise em um e outro contexto). Observou-se predomínio dos casos entre indivíduos do sexo masculino (59,3%), com idade acima de 50 anos (40,9%), ensino médio completo (29,9%), raça parda (42,8%), residentes em área urbana (91,2%). A maioria dos casos foram expostos a tratamento dentário (69,3%) e/ou procedimento cirúrgico (60,4%), com relevante sobreposição destes procedimentos em um mesmo grupo de indivíduos, o que explica porcentagens que extrapolam os 100%. O genótipo mais frequentemente encontrado foi o tipo 1 (43,5%), seguido do 3 (13,5%), ressalvando-se uma elevada proporção de informações que constam como \2018ignorado\201D e campos de investigação incompletos, refletindo o mal preenchimento das fichas de notificação e a descontinuidade dos processos de investigação de situações duvidosas e incoerentes. Conclusão: O estudo permitiu conhecer algumas características dos portadores da hepatite C no Maranhão e evidenciou a necessidade premente de desenvolver ações visando melhorar o desempenho da vigilância das hepatites virais a partir da qualificação dos sistemas de informação, assim como a motivação e capacitação dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, às voltas com uma sobrecarga de trabalho e escassez de recursos, o que provavelmente estimula uma secundarização do seu papel vital como provedores de informações essenciais aos sistemas de monitoramento e vigilância. |