Avaliação microbiológica de peixes comercializados em feiras livres no município de Macapá – AP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Palha, Sandra Eliane Maia
Orientador(a): Lopes, Silvia Maria dos Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40032
Resumo: O pescado apresenta uma excelente composição química e, comparado com outros produtos de origem animal, é o que apresenta melhor digestibilidade, porém constitui-se em um dos principais veículos que contribuem para as infecções humanas causadas por micro-organismos patogênicos, especialmente quando são consumidos crus ou após tratatamento térmico inadequado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica dos peixes comercializados em feiras livres do município de Macapá-AP. Foram analisadas 30 amostras de peixes entre as espécies Pacú (Piaractus mesopotamicus), Pescada Branca (Plagyoscion squamosissimus), Matrinchã (Brycon cephalus) e Tucunaré (Cichla ocellaris). A metodologia analítica empregada foi a descrita no Compendium of Methods for the Microbiological Examination of foods e os resultados comparados com os padrões microbiológicos da resolução RDC 12 de 2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Os resultados demonstraram que das 30 amostras analisadas 87% apresentaram coliformes termotolerantes acima de 1,1x10³ NMP/g, o que evidencia precárias condições higiênico-sanitárias dos peixes comercializados nas feiras livres. Em relação ao parâmetro Salmonella spp. 16,7% apresentaram sorologia positiva, estando em desacordo com o parâmetro estabelecido pela RDC 12 que é ausência em 25 g. Em apenas uma amostra evidenciou-se a presença de estafilocos coagulase positiva acima do padrão estabelecido pela legislação, com uma densidade de 2,0 x 10³ UFC/g. Diante das mudanças que têm sido observadas na etiologia das diarréias infecciosas e a importância da caracterização do perfil etiológico das enterites de origem bacteriana para o estabelecimento de políticas locais de vigilância sanitária, faz-se necessário implementar ações de monitoramento e controle relacionadas ao pescado, principal fonte protéica animal consumida no município e na região norte,visando minimizar riscos e garantir a segurança alimentar.