A colaboração interprofissional na atenção primária à saúde: estudo comparativo entre Brasil e Portugal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araújo, Eliezer Magno Diógenes
Orientador(a): Araújo Júnior, José Luiz do Amaral Corrêa de, Serapioni, Mauro, Santos Neto, Pedro Miguel dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26791
Resumo: As equipes de saúde produzem e coordenam processos de cuidado através de um trabalho derivado do contato entre organizações, equipes, profissionais e pacientes. O propósito geral deste estudo foi compreender a dinâmica da colaboração interprofissional no contexto do trabalho da Estratégia Saúde da Família (Brasil) e das Unidades de Saúde Familiar (Portugal). A Colaboração Interprofissional (CI) envolve aspetos relacionais, organizacionais e estratégicos que configuram o trabalho em equipe e a governança clínica no cotidiano dos serviços. Objetivos: a) identificar os fatores que influenciam no desenvolvimento da CI; b) compreender as concepções de CI sustentadas pelos profissionais de saúde, no contexto da Atenção Primária à Saúde; c) avaliar o nível de CI nas equipes de saúde, nos dois países; e d) desenvolver um processo de construção e validação de um instrumento de avaliação da CI. Métodos: desenvolveu-se um estudo de casos comparados, observando-se políticas e serviços de saúde nos dois países e a adaptação de um modelo de avaliação da CI. Para a coleta de dados, utilizou-se pesquisa documental, entrevistas semiestruturadas, observação direta e questionário, em formato digital, enviado por correio eletrónico. Resultados: observou-se que: a) os esforços para a cogestão democrática da equipe contribuem para a efetivação da qualidade do cuidado; b) um distanciamento dos órgãos gestores (administrativos) superiores em relação ao trabalho cotidiano das equipes, suas lutas, dilemas e desafios concretos; c) diferenças marcantes na governança clínica e do trabalho colaborativo entre os dois casos, que abrangem, por exemplo: a inclusão de novas categorias profissionais junto a equipes de saúde da família (no Brasil) e a adesão voluntária e incentivos institucionais por produtividade (em Portugal). De forma geral, vimos que a governança clínica em saúde é uma estratégia fundamental para a organização e a efetivação do cuidado na Atenção Primária à Saúde.