Interações afetivo-sexuais e prevenção do HIV/Aids: análise de narrativas de homens jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rebello, Lúcia Emilia Figueiredo de Sousa
Orientador(a): Gomes, Romeu
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Fernandes Figueira
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8039
Resumo: A presente pesquisa tem como objeto de estudo as narrativas de homens jovens acerca das interações afetivo-sexuais e a prevenção do HIV/Aids. O estudo, que se pauta numa abordagem de pesquisa qualitativa e na análise das narrativas, busca identificar os sentidos atribuídos por homens jovens às interações afetivo-sexuais; identificar como os homens jovens se posicionam frente aos cuidados a serem adotados em prol de uma sexualidade que não lhes traga riscos de adoecer ou de morrer; identificar os sentidos atribuídos à prevenção do HIV/Aids; discutir a possível inter-relação entre enredos sexuais, modelos de masculinidade e prevenção do HIV/Aids. Os marcos conceituais teóricos são masculinidade e enredos sexuais. Dentre os resultados do estudo, destaca-se que, em alguns casos masculinos, a interdição a falar de si pode conduzir a um não cuidar de si, principalmente quando este cuidado está relacionado à interação com o outro que tanto pode ser o parceiro (a) sexual como pode ser um profissional de saúde a quem este homem tem que se dirigir nos caminhos da prevenção. Destaca-se ainda, que a intimidade que vai sendo construídas nos relacionamentos possibilita uma atitude mais recorrente de abandono de prevenção nas interações sexuais. Com base nos resultados da pesquisa conclui-se que é importante que as ações de saúde voltadas para a sexualidade masculina: (a) incentivem os homens a participarem das discussões acerca de direitos sexuais e reprodutivos; (b) consigam focar a sexualidade sem necessariamente associá-la à reprodução; (e) não reduza a compreensão da sexualidade (dos homens e das mulheres) a modelos hegemônicos de gênero e (d) trabalhem na perspectiva de deslocar as campanhas de prevenção de DST/Aids do local do simples alerta do risco para o espaço da promoção da sexualidade prazerosa sem comprometimentos da saúde de si e dos outros.