Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Chagas Júnior, Adenizar Delgado das |
Orientador(a): |
McBride, Alan John Alexander |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7628
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Resumo: |
A leptospirose é uma zoonose causada por espiroquetas patogênicas pertencentes ao gênero Leptospira. O modelo da doença em camundongos tem vantagens devido à ampla gama de ferramentas genéticas e imunológicas disponíveis para pesquisas básicas. A maior limitação na conduta clínica e na pesquisa experimental da leptospirose é o fraco desempenho dos métodos disponíveis para detecção direta e para quantificação de leptospiras. Foi incluído nesta tese um conjunto de três manuscritos que visam investigar o desfecho da infecção pela cepa virulenta de Leptospira interrogans nas linhagens de camundongos selvagens (A, CBA, BALB/c e C57BL/6), em camundongos óxido nítrico sintase induzível (iNOS) Knockout (KO), camundongos gene ativador de recombinação 1 (RAG1) KO , camundongos CB17 com imunodeficiência combinada grave (SCID), e os seus respectivos controles selvagens C57BL/6 e BALB/c. Investigar a confiabilidade do método de quantificação do imprint (IM), comparando os resultados obtidos com esta técnica aos obtidos com a utilização do PCR em tempo real (qPCR) para detectar e quantificar leptospiras em amostras de rim de ratos e hamsters experimentalmente infectados. Como esperado, nenhuma das linhagens de camundongos selvagens foram suscetíveis à leptospirose letal. A linhagem A e C57BL/6 exibiram altas cargas de Leptospira nas amostras de rim e as linhagens CBA e C57BL/6 desenvolveram lesões inflamatórias graves, enquanto a linhagem BALB/c provou ser a mais resistente apresentando leptospirose subclínica. Os camundongos iNOS KO e selvagem sobreviveram sem sintomas clínicos de leptospirose. A frequência e gravidade das nefrites foram significantemente menores nos camundongos iNOS KO. Todos os animais RAG1 KO e SCID morreram de leptospirose aguda, enquanto que todos os camundongos selvagens sobreviveram. A hemorragia pulmonar foi observada em 57 e 94% dos camundongos RAG 1 KO e em 83 e 100% dos camundongos SCID, usando doses de inóculos de 107 e 106 leptospiras, respectivamente. Não houve evidências de hemorragia pulmonar nos controles selvagens. Nos modelos de infecção agudo e crônico, houve correlação positiva estatisticamente significante (P < 0,05) na quantificação de leptospiras pelos métodos do qPCR e do IM. Como conclusão geral, a linhagem de camundongos A pode ser a linhagem de escolha em estudos na qual se pretende recuperar um grande número de leptospiras de rins colonizados. As linhagens CBA e C57BL/6 desenvolveram, com maior frequência, lesões inflamatórias e podem ser as mais adequadas para estudos de leptospirose associados com nefrite intersticial. A linhagem BALB/c é a mais indicada para estudar mecanismos que envolvam a imunidade inata e/ou a rápida resposta imune adaptativa. A ausência do gene do iNOS no modelo murino resultou em uma diminuição significativa da suscetibilidade para o desenvolvimento da nefrite intersticial. Além disso, a ausência de linfócitos B e T funcionais não impediu a ocorrência de hemorragia pulmonar. Estes dados fornecem fortes evidências de que a hemorragia pulmonar na leptospirose não está relacionada apenas a mecanismos autoimunes. Para a detecção e quantificação de leptospiras o método do imprint foi equivalente ao qPCR. |