Configuração territorial e problemas de saúde e ambiente em uma periferia metropolitana: o caso do bairro Jardim Gramacho, Duque de Caxias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cárcamo, Maria Inês Corrêa
Orientador(a): Oliveira, Rosely Magalhães de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24535
Resumo: A presente proposta investigou a relação entre a configuração territorial e os problemas de saúde e ambiente num bairro da periferia da região metropolitana do Rio de Janeiro, e identificou as principais respostas sociais frente a esses problemas, considerando a complexidade e a heterogeneidade desse lugar e os agentes sociais envolvidos. O Objetivo principal foi analisar os problemas de saúde e ambiente e identificar as principais respostas sociais, considerando a configuração sócio espacial do Bairro Jardim Gramacho e os agentes sociais envolvidos. Realizado através de uma abordagem quantitativa, qualitativa, descritiva e exploratória, utilizando as seguintes técnicas: análise documental, construção de indicadores sócio-demográficos através do IBGE, entrevistas, e visitas guiadas. Onze Agentes Comunitários de Saúde e seis moradores do bairro foram os sujeitos da pesquisa. Realizou-se uma sistematização dos dados obtidos que permitiu a apreensão histórica do bairro, como também, da sua heterogeneidade, identificando 16 localidades, considerando, também, os problemas de saúde e ambiente e as respostas sociais. As localidades foram agregadas em três grandes áreas – Área Central, Área do Aterro e Área de Expansão – segundo os seguintes critérios, avaliados como determinantes na produção de tais problemas: vetor de organização, período de ocupação, localização, usos do solo e semelhanças em infraestrutura e serviços. A pesquisa analisou a configuração territorial e teve como resultado diferentes problemas entre as áreas e concluiu que os dois grandes problemas são a cobertura de água inadequada e o fechamento do Aterro Sanitário. Demonstrou que a Área do Aterro é a que tem os piores indicadores, aliado a um maior número de problemas de saúde e ambiente e que por abrigar uma grande população de catadores de materiais recicláveis será a mais prejudicada com a saída do Aterro Sanitário. Grande parte das respostas sociais identificadas é comunitária e o Fórum Comunitário tem um papel fundamental nas demandas feitas ao Estado. A presente pesquisa contribui ao demonstrar que o território deve ser analisado de maneira a considerar sua heterogeneidade, deixando transparecer as desigualdades sociais em saúde. Como, também, que é preciso analisar esse lugar, os problemas e as respostas histórica e dialeticamente. Essa pesquisa mostrou, também, que existe possibilidade de fazer uma análise da situação de saúde utilizando dados do IBGE, aliados a dados qualitativos. Inserindo conhecimentos populares para atuar sobre os processos que determinam a saúde de uma população, em direção a uma melhora na qualidade de vida.