Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Barreto, Fernanda Khouri |
Orientador(a): |
Alcantara, Luiz Carlos Júnior |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20890
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O HTLV-1 é o agente etiológico de doenças humanas, tais como leucemia/linfoma de célula T do adulto (ATLL), paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV (HAM/TSP), dermatite infectiva associada ao HTLV-1 (DIH), entre outras. Estima-se que cerca de 5-10 milhões de pessoas estejam infectadas pelo HTLV-1 no mundo e apesar dessa infecção ser endêmica em diferentes regiões geográficas, ainda permanece sem métodos terapêuticos eficazes. O genoma desse retrovírus é composto por duas fitas simples de RNA, com os genes gag, pol, env e uma região próxima à extremidade 3' conhecida como pX. A região pX contém quatro quadros abertos de leitura (ORFs) que codificam proteínas regulatórias específicas. A ORF-I codifica as proteínas p12 e p8, que quando expressas em quantidades equivalentes favorecem a infectividade e persistência viral. Mutações gênicas específicas na ORF-I do HTLV-1 podem alterar o padrão de expressão e, consequentemente, a concentração relativa destas proteínas, implicando na alteração da persistência viral e no desfecho da infecção. OBJETIVO: Caracterizar a ORF-I do HTLV-1 de pacientes com diferentes perfis clínicos. MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente foi realizada a anotação completa do principal genoma do HTLV-1 (ATK1), utilizado como sequência referência para a caracterização molecular da ORF-I. Em seguida, 1530 sequências da ORF-I provenientes de indivíduos assintomáticos e com HAM/TSP foram submetidas a análise de dataming para busca de associações entre mutações, carga proviral e sintomatologia. Para avaliar o grau de conservação genética da ORF-I em outros perfis clínicos, amostras de 23 pacientes assintomáticos, 11 pacientes com DIH, 13 com ATLL e 16 com HAM/TSP foram coletadas e submetidas à amplificação e sequenciamento. As sequências foram analisadas in silico utilizando programas de bioinformática para caracterização molecular. RESULTADOS: No primeiro trabalho foram compiladas as informações sobre a posição nucleotídica inicial e final dos genes do HTLV-1 e seus respectivos produtos. Em seguida, as análises das ORF-I demonstraram que apesar da baixa diversidade genética dessa região, alterações nucleotídicas específicas quando combinadas com alta carga proviral podem estar associadas ao desenvolvimento de HAM/TSP. Os dados da análise da ORFI proveniente de pacientes com diferentes perfis clínicos demonstraram a baixa diversidade genética desta região, corroborando com o fato de que o genoma do HTLV- 1 é geneticamente estável e, portanto, o desenvolvimento de uma vacina terapêutica é viável. CONCLUSÃO: Esse trabalho possibilitou a disponibilização no GenBank de sequências da ORF-I do HTLV-1 provenientes de pacientes com DIH, ATLL, HAM/TSP e pacientes assintomáticos. A partir desses dados foi possível identificar a ORF-I do HTLV-1 como um possível alvo para uma vacina terapêutica baseada na capacidade de influenciar a expressão de p12 e p8. |