Desigualdades sociais, pobreza e cuidado à saúde: acesso e adesão ao tratamento da tuberculose em uma unidade de saúde no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Turco, Cláudia Santos
Orientador(a): Magalhães, Rosana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5226
Resumo: O objetivo deste estudo é compreender a dinâmica da implementação do programa de controle da tuberculose, em uma unidade de saúde do município do Rio de Janeiro, com ênfase nos aspectos relacionados à equidade no acesso e na adesão ao tratamento. Foi realizado estudo de caso, incluindo entrevistas com profissionais e grupos focais com pacientes. A unidade de saúde pesquisada apresenta diversos fatores que facilitam o acesso ao tratamento, como horários flexíveis para atendimento. No entanto, tem dificuldades na busca de sintomáticos respiratórios, de contatos de pacientes e de pacientes em abandono. Com relação ao acesso ao diagnóstico e ao tratamento, os fatores associados à entrada no sistema sem percalços e em estágio inicial da doença foram conhecimento sobre tuberculose e acompanhamento sistemático por um serviço de saúde. A dificuldade de lidar com o preconceito associado à tuberculose é menos presente nos pacientes que carregam outros estigmas, como os que se referem a cor da pele, local de moradia e outras doenças. O mesmo paciente pode adaptar a forma como lida com a tuberculose conforme o contexto social em que se encontra. Independente das características sociais e econômicas, pode-se verificar mudanças de rotina em todos os pacientes que, muitas vezes, contribuem para o isolamento. Muitos pacientes da unidade chegam a um resultado de cura com o tratamento auto-administrado. Outros necessitam do investimento do tratamento supervisionado e de incentivos, como o valetransporte. Há ainda um outro grupo de pacientes, que, por suas caraterísticas de vida, necessitariam de um apoio ainda maior e que, atualmente, não conseguem chegar a resultados positivos com o tratamento oferecido. O monitoramento constante e local dos pacientes durante todo o tratamento é fundamental para que se identifique aqueles que estão vivenciando maiores dificuldades de adesão.